Se, como dizem as notícias e festejam capachos do colunismo, o desgoverno apresentou o tal arcabouço ontem para tentar ofuscar o retorno de um cidadão ao país, parece óbvio que esse camarada é tão importante que sua simples presença pode competir com o modo como trataremos os gastos públicos nos próximos anos.
Uma avalanche de notícias, colunas assinadas, um jornal atrás do outro, a volta de Jair Bolsonaro ao Brasil é o assunto do dia. E sem anúncio bombástico, multidão na rua ou nada disso. Ele só viajou e voltou. Nada mal para quem estaria acabado se perdesse a duvidosa eleição, como apostavam os apoiadores envergonhados do lulopetismo.
Monteiro Lobato tempos atrás, Agatha Christie esses dias... por todos os lados avançam as "adaptações" de livros antigos aos critérios de seus atuais editores. Um tipo de mudança que costumava ser associada a governo ditatoriais, mas no Brasil começou justamente com a tal redemocratização.
Em 2016 o Datafolha concluiu que o Brasil tinha 29% de evangélicos. Mas o segmento só cresce e, em pesquisa do mesmo instituto em janeiro de 2020, esse número passou para os 31% que foram amplamente utilizados nos últimos tempos como base para estimar o total de adeptos dessas religiões.
A única surpresa nessa história do ataque lulopetista contra a PF é a posição do tal Conjur. Que a publicação estava dominada por petistas já se sabia, mas eles tinham mantido certa discrição até agora, quando se juntaram ao rebotalho (Tia Reinalda, Mão Peluda, Esgotão e que tais) para defender as barbaridades de seu semideus.
Na Oeste, Ricardo Felício escreve sobre a última da grande ONG em que se transformou a ONU: o ser humano está acabando com a água do planeta e se não fizermos alguma coisa (que os burocratas da ONU determinarão) até o ano x (qualquer um, depois eles vão mudando) acontecerá a tragédia final.
Em Uganda não tem este negócio de "opção sexual". Se lhe disserem que um cara comeu outro pode ter certeza que isso é naquele sentido do velho Idi Amin, que se divertia mandando cozinhar o prisioneiro político que acabara de matar e convidando os pais do cara para jantar.
Uns fofos esses fazedores de L enrustidos. Acostumados a fazer escândalo e interpretar da maneira mais maldosa possível qualquer declaração de Bolsonaro, se viram um pouco sem jeito ao precisarem mostrar contrariedade com a fala absurda daquele que apoiaram por ação ou omissão. Mas não se apertaram.
É como mostrar cruz para o vampiro. Você joga no Google o assunto, o nome do autor e da revista em que ele escrevia antes da mudança, escolhe um dos resultados e pronto. Não precisa nem colocar o texto, basta o título para fazer o atual apoiador de Tia Reinalda fugir correndo, envergonhado por ter sido feito de bobo.
Nenhuma novidade. A declaração de ódio do ex-presidiário contra o juiz que agora é senador passou em brancas nuvens na imprensa que fez o L. E não critico isso por achar que o fato merece as manchetes, mas por ter certeza de que as ganharia (por dias) se o autor da frase fosse o presidente anterior, legitimamente eleito.
Como 90% dos leitores deste blog previam (com margem de erro de 2% para mais ou para menos), os institutos de pesquisa voltaram a atacar depois da desmoralização na última eleição e o Ipec é o Vox Populi de banho tomado que foi escolhido para fazer dobradinha com o Datafolha pelos próximos tempos.
"Há crescente consenso da necessidade de regulação das redes sociais", diz o Ex-tadão na abertura de seu mais recente editorial em defesa da censura da internet. Mas diz "sem provas", como eles gostam de escrever quando querem desqualificar uma declaração que não faz parte de sua agenda.
Meteorologista e professor de geografia, o paulistano Ricardo Felício é a prova de que existe vida inteligente no FFLCH da USP (ou a exceção da regra de que não existe, como lhe parecer melhor). Agora ele escreve com certa frequência na Oeste, que está de parabéns por isso. E seu mais recente artigo na revista está reproduzido a seguir.
Esse pessoal deve gostar de fazer hora extra, de falar livremente naquele ambiente onde quase todo mundo pensa como ele. Mas sempre chega a hora de ir para casa, passar na padaria, levar o filho na festinha da escola, conviver com gente do mesmo nível social e educacional. E é aí que começa o pesadelo.
Até parece que eles queriam esconder alguma coisa. Nunca tivemos tão poucas informações sobre os detalhes de uma eleição como em 2022. Em quem votaram os evangélicos? Os ricos? Os pobres? Ninguém fala disso, não sabemos, pois as pesquisas de boca de urna simplesmente desapareceram.
Duas imagens que eram bastante comuns décadas atrás desapareceram quase por completo de uns tempos para cá. Uma delas era a do homem pré-histórico que "conquistava" sua companheira de caverna dando-lhe uma marretada na cabeça e arrastando-a pelos cabelos para o novo lar.
Censurado suprema e absurdamente no Twitter, Rodrigo Constantino continua publicando artigos em veículos que não fizeram o L. Foi num deles, a Gazeta do Povo, que encontramos o texto abaixo, no qual ele aborda o mesmo fenômeno a que nos referimos nos últimos dias.
Pois voltamos ao Ex-tadão. Domingo último, um de seus editoriais criticou o lulopetismo, mais especificamente o seu discurso de que o atual desgoverno tem que dar certo para evitar o retorno do fascismo bolsonarista. O jornalão, viúva da terceira via que fez o L, não gostou:
Manchetes, cada um com as suas. No jornalixo quase inteiramente assumido da Folha, o destaque são as emendas parlamentares, cujo total, após negociação com o egresso do sistema penitenciário, atingirá um valor inédito, que "supera até mesmo o do governo Bolsonaro, quando havia emendas do relator".
Tia Reinalda, a transpolítica que se transferiu da mansão para o quartinho dos fundos do Irajá reputacional, ganhou um inesperado defensor na pessoa de Paulo Polzonoff Jr., colunista da Gazeta do Povo. Calma, calma, não é o que vocês estão pensando. Ou melhor, é sim.
Meio sem querer, William Waack expõe, no Ex-tadão, a tática da sua turminha, basicamente a mesma do MBL: primeiro a gente ajuda o lulopetismo a derrotar Bolsonaro e ele some da face da terra, depois a gente volta a se fingir de antipetista e aquele pessoal que votou nele cai no colo da nossa lâmina da tesoura.
Eduque bem seu filho pequeno, não o deixe "educar-se" sozinho pela TV. Não se trata só dele acabar assistindo um daqueles canais com programação pesada e receber valores morais deturpados, sua integridade física pode ser colocada em risco até por um inocente desenho animado.
Já que é moda, vamos festejar o Dia Internacional da Mulher a rigor, homenageando aquelas mulheres que ousaram exercer atividades tradicionalmente reservadas aos homens. Vamos falar das guerreiras, mas não das que exercem algum cargo burocrático numa força regular. Nos interessam as guerrilheiras. E as mais terríveis entre elas.
A fauna de estranhos que escreve na Foice é tão numerosa que eu confesso que ainda não havia dado a devida atenção para uma tal de Vera Iaconelli, que se apresenta como diretora do Instituto Gerar de Psicanálise e doutora em psicologia pela USP, mas gosta mesmo é de discutir a "questão feminina".
Como previsto, após inventarem a lebre, os jornalões do consórcio já colocaram o assunto das "joias da Michelle" no quartinho dos fundos. Cabe agora à militância e à linha auxiliar continuar a mencionar o fato como se o casal presidencial tivesse levado os presentes do árabes para casa ou coisa parecida.
Existe algum filme que retrata o que estamos vivendo hoje no Brasil? Se pensarmos na parcela do povo que defende a entrega do país a um ex-presidiário , Idiocracia seria um bom candidato. Mas, se considerarmos o que o consórcio midiático-jurídico está fazendo de uns tempos para cá, a melhor opção é Forças Ocultas.
O Globo: Joias de R$ 16,5 milhões na mochila, falta de registro; o que se sabe e o que falta responder sobre presente a Michelle. Folha: Governo Bolsonaro tentou trazer ilegalmente joias de R$ 16,5 mi para Michelle. Estadão: Diamantes para Michelle: governo Bolsonaro tentou trazer ilegalmente joias de R$ 16,5 milhões.
Imagine você com a maior boa vontade, tentando consertar os erros do passado, procurando um emprego de que precisa e para o qual sabe ser qualificado, mas sendo recusado no último instante porque já esteve preso. Injusto, não? Se a tentativa de regeneração é verdadeira, sem dúvida alguma.
Só rindo mesmo. Só zombando de uma imprensa que criou uma "verdade" que está em completa contradição com os fatos e de quem ainda acredita piamente nela. Foi o que fez Paulo Polzonoff Jr. na subversiva (falta pouco para eles chamarem assim) Gazeta do Povo. Só alterei o título quilométrico e alguns pequenos detalhes.
Como prefiro perder tempo com outras coisas, fico nas manchetes e nem me preocupo em saber os detalhes do que aquele sujeito diz por aí. E como raramente assisto noticiários de TV, pouco tenho escutado sua voz asquerosa. Mas ontem a TV estava ligada ao fundo e eu acabei prestando atenção na sua declaração.
