O número exato ninguém sabe (nem vai saber), mas calcula-se que a FIASCOP custou ao país cerca de 1 bilhão de reais. Nem a desculpa de atrair turistas tentaram dessa vez, pois os estrangeiros ficaram isolados em uma bolha e se arrependeram nas poucas ocasiões em que se aventuraram fora dela.
Tudo desnecessário, a troco de nada. Inclusive, ao que parece, até os dois transatlânticos que foram contratados pelo desgoverno a peso de ouro para supostamente acomodar delegações estrangeiras, mas teriam sido prioritariamente utilizados para oferecer uma semana de mordomia extra a aspones diversos.
"Parece" e "teriam" porque não há informação precisa e o Consórcio, tão zeloso quando se tratava de latas de leite condensado, não se mostra interessado no caso. Esse silêncio chamou a atenção do veterano Alexandre Garcia, que escreveu:
De repente todos pararam de falar na COP 30. Parece até orquestrado, como se viesse uma ordem para ninguém falar mais nada desse desastre que houve em Belém.
E vejam só a hipocrisia, ou a ironia, ou o paradoxo: o segundo maior rebanho bovino do Brasil está no Pará, ou seja, o estado é um dos principais produtores de proteínas animais deste país; mas está em primeiro lugar na fome. É o IBGE que diz isso: 44,6% dos domicílios do Pará têm insegurança alimentar, têm problemas sérios de fome.
Na COP, tivemos essa tentativa de exibir uma brilhante Amazônia, mas, a não ser que nossas fontes de informação estejam nos enganando, sabemos – nós já sabíamos, os estrangeiros talvez tenham descoberto agora – que o crime organizado já domina a entrada do Rio Solimões, que depois vira Amazonas, e outras áreas da região.
O PCC domina uma parte, o Comando Vermelho manda em outra. Em Jacareacanga (PA), por exemplo, surgiu a foto de um aviso: “Comando Vermelho. Proibido roubar na quebrada”. Os bandidos estão dizendo onde em Jacareacanga não se pode roubar, e a ordem não é da polícia, é do crime organizado.
O que existe, mas não se mostrou, foi a insegurança fundiária de milhares de brasileiros trabalhadores que estão lá produzindo cacau, criando gado, que construíram escolas e igrejas, para de repente vir o governo federal e tirar tudo, queimando as casas, as escolas, as igrejas, e forçando todos a se mudarem. O Incra colocou as pessoas em várias áreas, mas depois inventaram reservas indígena, e aí prevalece a terra para os índios. É a injustiça social na Amazônia.
Voltando, talvez a única coisa boa trazida pela FIASCOP tenha sido o incentivo para o Congresso derrubar os vetos do descondenado a uma política ambiental que não se curvou às pressões das bilionárias ONGs estrangeiras e seus militantes "fantasiados de cocar". Mas não dá para cantar vitória, pois a turminha promete recorrer ao STF. Quem será que contratou o escritório de advocacia certo desta vez?
A fantasiada acima é Txai Suruí, que hoje está com 28 anos e tempos atrás, quando era mais nova, tentaram vender como uma Greta da Amazônia. Não deu certo, mas ela acabou arrumando uma coluninha para escrever na Folha de vez em quando.

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