domingo, 30 de novembro de 2025

Caiam fora, rapazes

Se você perguntar o que é 4B para uma frequentadora de bailes funk, corre o risco dela arriscar uma resposta em que o último B seria de bebê. Mas quase literalmente do outro lado do mundo - o ponto antípoda ao Rio cai no Oceano Pacífico - o termo indica um comportamento oposto ao da funkeira.

Em coreano, numa tradução aproximada, "bi" significa "sem". E o 4B é um movimento de feministas sul-coreanas cujo objetivo é viver sem namorado, sem marido, sem sexo e, naturalmente, sem filhos. As adeptas se dedicam a evoluir profissionalmente e passar a noite assistindo Netflix com as amigas.

Aqui você já pensaria que isso é coisa de sapata e estas devem adorar a moda, mas eu vi uns trechos de vídeos sobre o tema e as moças que apareciam poderiam ser melhor divididas em apenas sem graça ou sem graça e sem beleza. Tinham aquele ar meio tristonho que era comum entre as solteironas de antigamente.

Elas dizem que estão felizes assim, que não aguentam o machismo dos coreanos e toda aquela conversa que a imprensa ocidental adora papagaiar. Isso garante que toda hora você vai encontrar reportagens sobre o 4B, mas nas entrelinhas dá para perceber que a adesão ao movimento é muito menor do que se sugere.

Não que elas não tenham alguma razão. Certas reclamações são exageros de quem já se acostumou aos abusos no outro sentido e não aceita que uma mulher possa ser punida por denunciar um assédio sem provas, por exemplo. Mas em comparação com os civilizados daqui, os manos coreanos parecem realmente meio folgados.

De resto, a natureza tem sua força e a maioria das coreanas tem namorado, marido e sexo. A moda que pegou mesmo por lá é não ter filhos. A média para manter a população no mesmo nível é de 2,1 filhos por mulher, mas elas estão batendo o recorde mundial negativo, com apenas 0,7. 

Claro que sem filhos não significa sem beleza ou sem charme. Aliás, você acertou, toda essa conversa era só para mostrar outro vídeo da nossa cheerleader predileta. Dois, já que a música abaixo possui uma parte introdutória e outra que se repete. A dança faz sucesso na Coreia, pois há muitos vídeos em que jovens de ambos os sexos a executam. Nenhum, evidentemente, com a graça da nossa querida. Clique nas imagens para conferir.



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