Depois de tomar ciência das más condições de saúde de Jair Bolsonaro, o sancionado Alexandre de Moraes tomou a providência que dele se esperava e determinou que o presidente fosse detido em um local pior do que a sua residência, onde ficará mais fácil aumentar o seu desconforto físico e psicológico.
Antes ele estava preso de modo completamente irregular, por um processo que nem os próprios aliados/subordinados de Moraes tiveram a cara de pau de levar à frente. Agora está preso preventivamente em um processo em que ele e outros foram condenados sem crime algum, de modo completamente irregular.
Não é possível comprovar que existe, como dizem, uma intenção deliberada de utilizar a "solução Clezão" para acabar com o problema representado pela liderança que escapou ao controle do sistema e ganhou a preferência dos eleitores alfabetizados e honestos do país. Mas é difícil ver outra justificativa para esse tipo de decisão.
Uma explicação alternativa seria, evidentemente, o sadismo ou algum outro tipo de desvio psicológico, uma espécie de complexo de guarda do campo de concentração que se encanta ao perceber que seu poder não tem freios e, quanto mais sua vítima é inocente, mais prazer sente em atormentá-la.
Outra possibilidade seria atrair atenção para diminuir as críticas ao absurdo e absoluto fracasso organizacional da COP30, que termina hoje depois de precisar ser prorrogada e depois do sistema jogar fora cerca de mais um bilhão sem entregar absolutamente nada de útil para o mundo ou para a população de Belém.
Bem, não vamos ficar adivinhando nem fingindo surpresa com um desenvolvimento já esperado. Os meios para corrigir os atuais desvios são conhecidos e as dificuldades para implementar qualquer um deles também. Se ainda será possível colocar este país no rumo certo ninguém pode dizer.
Se não houver jeito, talvez seja melhor lembrar que somos todos descendentes de imigrantes que um dia resolveram mudar. Agora não é preciso nem atravessar o oceano, o país decaiu tanto que até o antes desprezado Paraguai se tornou uma opção aceitável. Se não para nós, para nossos filhos.
É difícil vencer uma massa de zumbis que se orgulha de preferir o pior. Quanto aos canalhas que, por ação ou omissão, escolheram o que temos com plena consciência do que aconteceria, reiteramos nossa lembrança de que, como mostra a História, o arbítrio que hoje atinge o vizinho amanhã pode se voltar contra quem o aplaudiu.

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