quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Tudo muito divertido

"Quem vai perder o visto primeiro?" Segundo aqueles jornalistas que sabem tudo o que acontece na intimidade dos violadores de direitos humanos, era essa pergunta que eles faziam uns aos outros, às gargalhadas, ao saberem que Donald Trump havia vencido a eleição americana.

Pois alguns deles já perderam mais que o visto, mas continuam rindo. Xandão, o que mais se diverte, deu um jantar para comemorar sua eleição como vice-presidente do STF. E seus convidados - alguns coleguinhas, ministros de governo, ex-ministros, integrantes do Legislativo - contaram o que rolou à globista Bela Megale.

"Em tom de chacota", eles passaram parte do evento debochando de Eduardo Bolsonaro, que está apenas "implodindo a direita" e se transformando no "principal cabo eleitoral de Lule" com esse negócio de buscar sanções contra autoridades brasileiras. Uma bobagem, pois por aqui ninguém se abala com essas tolices.

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Outro piadista inveterado é Gigi, que não participou do jantar, mas está querendo que nossos congressistas criem algum tipo de "Lei Anti-Magnitsky", uma regra que manteria nossos violadores de direitos humanos a salvo de sanções estrangeiras. O que parece realmente engraçado.

A essas alturas, todos com QI acima da média do eleitorado petista já devem ter entendido como a Magnitsky funciona. Ela é aplicada nos EUA contra empresas que atuam no mercado americano. Os gringos não vêm aqui punir ninguém. E ninguém daqui pode impedi-los de punir alguém por lá.

Isso deixou o pessoal em dúvida sobre o verdadeiro interesse do ministro. Muitos acreditam que ele quer mostrar ao mundo que somos como um daqueles países da África em que violar direitos humanos seria um hábito local, uma espécie de tradição tribal que foi mantida pela legislação de aparência civilizada.

Também é possível que a iniciativa faça parte de algum plano infalível, ainda desconhecido, do tribunal. De qualquer maneira, a essas alturas é até divertido ver um membro do STF pedir para os políticos criarem uma lei. Pô, Gigi, criem vocês; basta dizer que eles deveriam ter criado e vocês vão "preencher a lacuna".

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Completando essa trilogia do humor, voltamos à nossa grande mídia. Imagine o que ela poderá dizer caso a Lei Anti-Magnitsky seja realmente aprovada. Não podemos pensar em nada menos que manchetes como: "Avanço fascista: Trump desrespeita proibição legar e sanciona mais brasileiros". 

Não é exagero, veja como os jornalões estão tratando a questão do encontro entre Lule e Trump, levando a sério a história da "química", esquecendo o que Trump disse momentos antes do convite/intimação, fantasiando sobre o impacto que o ladrão lhe causou etc. Eles perderam a seriedade de vez.

Imagem: Cena de A Última Gargalhada (1924), dirigido por F.W. Murnau.

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