Vai ficando mais claro o caso do advogado do Prerrogativas. Em relação às datas, ele foi encontrado inconsciente e sem documentos na rua Itambé, na virada de terça para quarta, e levado para a vizinha Santa Casa, onde veio a falecer e só foi identificado na quinta. Já o motivo parece ser mesmo a bebida.
Não que ele tenha tomado algo com metanol. A dúvida surgiu porque, logo após sair de um bar onde festejou sozinho o que considerou uma vitória do criminoso descondenado que apadrinha seu grupo, ele escreveu num grupo de zap que não estava passando bem, possivelmente por culpa do que bebeu.
Nesse momento ele estava na rua, próximo ao local em que foi encontrado. Mas as câmaras de segurança da região mostram o que realmente aconteceu. Dois casais jovens passam por ele, um deles retorna e tenta pegar seu celular, ele reage, o rapaz o agride violentamente com golpes de artes marciais e o deixa caído, eles reviram seus bolsos e se afastam.
Assim, ao que tudo indica, a causa de sua morte foi a agressão; a bebida só contribuiu para deixá-lo indefeso pelo excesso (ele passou horas no bar). Em outras palavras, o problema não foi a vodka que o advogado tomou, foi a cervejinha que os meninos queriam tomar.
No metanol a gente acaba dando um jeito, mas esses problemas estruturais são mesmo difíceis de resolver. Portanto, não exagere na birita destilada, mas continue dando mais atenção à cervejinha das vítimas da sociedade.
Coisa do PCC?
Alguns pensam que a questão do metanol em bebidas está ligada ao PCC. Dizem que o grupo controla 3 mil postos no estado de São Paulo e turbina seus lucros acrescentando metanol ao combustível vendido. Com a operação realizada pouco tempo atrás, essa atividade teria sido prejudicada. E eles teriam desviado o metanol em estoque para a área de bebidas, onde também têm forte atuação.
Pensei em algo mais sombrio, mais parecido com os famosos ataques contra policiais. Nessa hipótese, os líderes teriam envenenado deliberadamente as bebidas para avisar que novas ações contra seus negócios seriam respondidas com agressões aleatórias à população civil.
Abre-se uma oportunidade
Surgiu uma oportunidade para quem está sem grana e quer tomar umas no fim de semana. O sujeito pode ir aos bares e se oferecer como provador. A pessoa pede o drink, derrama um pouquinho no copo dele, e pode beber tranquila se o cara não cair duro logo depois. Serviço de utilidade pública grátis, quem não vai querer?

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