Não aconteceu nada nem acontecerá, mas nós vamos falar bastante sobre o assunto porque nos deu vontade. Passado o primeiro impacto, é mais ou menos essa a posição dos jornalões que criaram o que agora são obrigados a chamar de "trama golpista", que se resume a uma reunião para discutir medidas contra os desvios eleitorais.
Quem dá mais destaque ao tema é a Folha, cuja correspondente nos EUA, Julia Chaib, parece ter se limitado a falar com "um integrante do governo Trump" e assistir ao vídeo, postado ontem aqui nos comentários, da entrevista dada por Eduardo Bolsonaro ao Steve Bannon.
No texto, Julia pagou pedágio ao dizer que Bannon não tem provas de que a eleição de 2022 foi manipulada. Mas exceto por isso ela se ateve ao registro dos fatos: a ofensiva de Trump envolve a censura de Moraes e sua aliança com Lule, Bannon chamou Xandão de criminoso, trumpistas falam da instrumentação do STF etc.
Só não dá para entender por que a Folha precisa de alguém nos EUA para fazer o que qualquer um poderia ter feito aqui. Deve estar sobrando dinheiro... e vontade de viajar. Lembrei do Homer Simpson dizendo que queria sair pelo país para comer batata frita em outro shopping center e ver seus programas de TV em outro fuso horário.
Ex-tadão
No lado mais mais babaca da história ficaram o Globo e o Estadão. Neste, uma tal Monica Gugliano, que tempos atrás se apresentava como avó que cuida das netas, pergunta: quem vai se comover com as palavras de Trump a favor de Bolsonaro? E responde: só mesmo os "fanáticos apoiadores" do Capitão.
As palavras realmente não causarão grande coisa, dona Monica, mas as ações são outra conversa. E não é para ninguém se comover, é para saber que o porrete pode cair na cabeça de quem insistir nessa fantasia de "golpe". Entendeu, vovó? Agora, já pra cozinha que a pia está cheia de louça para lavar.
Os novos silenciosos
Quando quem fala pelos cotovelos resolve ficar calado, o silêncio já diz muita coisa. Creio que o Xandão realmente não se importa muito com as sanções, mas o mesmo não acontece com alguns colegas. Gigi, por exemplo, tem negócios no exterior que teria dificuldade em controlar caso fosse sancionado.
Mais preocupado ainda deve estar o Barrosa, que sonha em deixar o STF e flanar pelo mundo às nossas custas, de preferência como embaixador em algum país da Europa. Um embaixador que não pode ter conta em banco? Não dá, não rola, imagine o pessoal cochichando nas festas. Malditos incivilizados que não o deixam em paz.

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