Como disse aquele do bigodinho em sua carta de despedida, ele queria paz, a culpa da guerra foi dos judeus. E continua sendo, segundo o pessoal que o admira e atribui a má fama de seu movimento ao poderoso lobby judaico que domina Holywood e o sistema financeiro internacional.
É um raciocínio conhecido, os aiatolás atribuem as críticas a seus apedrejamentos às vadias que não querem usar véu, o governo cubano se considera vítima dos dissidentes que pedem ajuda a estrangeiros etc. Até o tirano doméstico culpa a esposa e os filhos quando a polícia vem pegá-lo.
Não poderia ser diferente com os apoiadores do regime PT-STF. Para eles, o culpado pelas medidas tomadas por Trump é o próprio Trump; ou Jair Bolsonaro; ou seu filho Eduardo, que passou de piada que fritava hamburger a ditador de regras para o sujeito mais poderoso do mundo. Talvez até o Allan dos Santos.
O problema são esses caras, as vítimas que reclamam, não as eleições viciadas, as perseguições e prisões políticas, os processos farsescos, o desrespeito à Constituição, a censura, os impostos sufocantes, a destruição da economia, a cumplicidade ativa com organizações criminosas, grupos terroristas e ditaduras assassinas.
Esse é o discurso adotado hoje pelos defensores do regime, permitindo-nos, novamente, identificá-los com precisão. Eles são petistas assumidos, é óbvio. Mas também são os que acabam de arrancar raivosamente suas máscaras pela enésima vez: os jornalões, os tucanos, os liberais de araque, os isentões e que tais, o lixo nacional.
Uso eleitoral
Tentando transformar seu ódio em esperança, muitos estão apostando que o desgoverno se dará politicamente bem ao vender a ideia de que está defendendo o país contra uma agressão estrangeira. Os mais entusiasmados acreditam que ele poderia inclusive unir os brasileiros em torno dessa bandeira.
Nada é impossível, mas parece difícil. Em termos de povão, relacionar eventuais dificuldades às tarifas americanas exige um raciocínio complexo demais. E daqui até a eleição tem muito tempo, por mais que os petistas tentem inflá-lo esse assunto daqui a pouco sairá da memória da maioria.
Quanto aos empresários de setores prejudicados, de que lhes serviria apoiar o petismo? Isso só eternizaria a briga com Trump. É muito mais lógico que eles pressionem o governo a eliminar os motivos pelos quais estamos sendo tarifados. Ou, quando possível, desistam de vez e passem a produzir num Paraguai da vida.
Solução política
Vi ontem um daqueles pedacinhos da GloboNews que a direita coloca nas redes. Nele, Gu da Chácara dizia que ficou difícil resolver o problema com os EUA porque ele envolve um combo em que se mesclam decisões econômicas, funcionamento do Judiciário e relações com outras nações.
Gu está errado, a solução é simples e política. Ela começa pelo Senado impichar dois ou três membros do STF, continua com o fim das perseguições e a votação de uma anistia geral, e seria idealmente concluída com o impeachment do próprio descondenado e a realização de eleições limpas em 2026. Por aí.

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