Projetando os dados do censo de 2022, recentemente divulgados, teremos 30% de evangélicos (não 33, como antes se calculava) no próximo ano. E podemos apostar que o PT continuará precisando falar com eles, pois não há nenhuma possibilidade do segmento se tornar menos conservador no futuro próximo.
A maioria dos evangélicos de hoje é formada por quem se converteu recentemente ou nasceu numa família que o fez. E como quem se converte leva a nova religião a sério, é óbvio que se torna difícil convencê-lo a votar na desonestidade e degradação moral que caracterizam o PT e seu líder supremo. Os petistas deveriam se ajoelhar e agradecer a Deus se tiverem mesmo os 30% que as pesquisas lhes dão no segmento.
Com os católicos é o contrário. Eles ainda constituem 57% da população, mas a grande maioria não é praticante. No entanto, pelo menos uns 10 desses 57 devem ser tão religiosos e conservadores quanto o evangélico médio, o que resulta num grupo que abrange 40% da população.
Considerando que as pesquisas estão certas e 70% desse pessoal é antipetista, um candidato de direita já pode começar com 28% do eleitorado total. Possivelmente até mais, se ele for visto como autêntico integrante do segmento. Ele ou ela.
Saravá!
Já se sabia que o estado que tem o maior percentual de brancos (RS) também era o que tinha mais adeptos das chamadas religiões de matriz africana. O que o censo acabou por revelar é que isso não é um acidente, pois os brancos são maioria neste segmento em todo o país.
Puxa, que legal! Os negros chegaram ao Brasil por baixo e acabaram impondo suas crenças aos seus antigos senhores. Uma grande vitória, diriam as pessoas normais. Mas os racistas dos movimentos negros não pensam dessa maneira.
Segundo esses luminares, o que está acontecendo é um assalto da "branquitude" - será um novo orixá? "Iemanjá e Branquitude conversavam à beira do lago quando..." - que visa embranquecer a herança cultural africana e, no limite, eliminá-la. Coisa de nosso racismo estrutural, entende?
Intenções perigosas
Não basta considerar que o banco o roubou e discutir como lhe dar o merecido troco. Não interessa se você desistiu do assalto para não ser considerado ladrão ou porque ficou com medo. Se você não deu início à ação, tudo ficou no plano das palavras e não há nada a ser julgado por ninguém; é o que dizem a lógica e a lei.
Mas não é o que diz a nossa imprensa, que passou 30 meses desviando o assunto para vender a ideia de que apenas discutir o uso de medidas constitucionais contra uma possível fraude eleitoral constituiria uma tentativa de golpe.
O próprio nome "trama golpista" revela que eles se escudam apenas em conversas e não em atos. E como as medidas aventadas eram legais, o que está sendo realmente julgado é a intenção dos envolvidos. O que é uma questão de crença, pois basta o juiz dizer que acredita que os réus desejavam dar um golpe para condená-los.
O raciocínio deveria pelo menos valer para os dois lados, pois muito mais gente acredita que a eleição foi roubada pelos que a conduziram e um destes até confessou com orgulho que foram eles que derrotaram o bosonarismo. Intenção por intenção, os réus precisariam ser absolvidos por legitima defesa.
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