segunda-feira, 9 de junho de 2025

O terrorismo está aí

Esses dias assisti parte de uma entrevista de Rodrigo Pimentel - Capitão do Bope de 1994 a 2000 e autor de Tropa de Elite - a um podcast. Histórias de enfrentamento real e de uma justiça que solta quem foi difícil prender eram o esperado. Mas eu não imaginava a dimensão ou mesmo a existência de alguns problemas abordados.

Um deles é que cocaína hoje é para exportação. Os traficantes não desprezam o segundo maior mercado consumidor do mundo, mas preferem levar o produto para o exterior, onde o lucro se multiplica por dez ou vinte. Montando estruturas para distribuí-lo do outro lado, o PCC já tem células europeias e membros batizados até na Austrália.

No Brasil, a droga que hoje dá mais dinheiro a esses grupos não é a cocaína ou a maconha, mas o cigarro comum. Controlando o seu contrabando e a distribuição de produtos roubados na completa informalidade ou através de empresas de fachada, eles são os grandes fornecedores do comércio varejista.

Onde eles ganham ainda mais e de maneira mais tranquila é através do domínio de territórios. Obrigando os moradores desse locais a contratarem o seu sinal de internet, comprarem o seu gás e usarem o seu serviço de transporte, eles têm uma renda garantida e só precisam defender as áreas conquistadas das invasões de grupos rivais.

Ao ouvir falar em bairros dominados, ruas com barricadas e áreas em que é necessário licença para entrar, você pensa no Rio de Janeiro. Mas a situação é pior no Nordeste, particularmente na Bahia, onde já se pode temer que pequenas cidades passem a ser totalmente controladas pelo crime organizado.

Esses criminosos precisam se armar e seus principais fornecedores não são CACs assaltados, mas "senhores de armas" que se aproveitam da confusão que se segue ao término de uma guerra para desviá-las e vendê-las mundo afora. Sempre que uma guerra acaba, os morros do Rio são inundados por ofertas de novos fuzis.

Lembrando disso, Pimentel aposta que ao fim da guerra da Ucrânia os itens mais disputados não serão os fuzis, mas os drones. Já teve traficante atacando rival com explosivo amarrado em drone com arame, em breve a tecnologia lhes permitirá profissionalizar e multiplicar esse ataques. Depois de exércitos, terão forças aéreas.  

Eles fazem o L

Como se não bastasse, essas quadrilhas ainda mantêm contatos com grupos terroristas internacionais como o Hezbollah. Mas apesar de tudo isso, o desgoverno petista se recusa a chamá-las de terroristas, como defende parte de nosso Congresso e está por fazer o governo Trump. 

Entende-se, afinal a ligação entre a extrema esquerda latino-americana e o terrorismo é umbilical. Cuba sempre fomentou o banditismo. E as ditaduras que  nela se inspiraram e já estão consolidadas (Venezuela e Nicarágua) ou por se consolidar se associaram alegremente a Farcs e MIR no Foro de São Paulo.

No Brasil, além disso, 84% dos criminosos vota no PT. Tempos atrás tínhamos quase um milhão de pessoas presas, se tivermos três milhões de eleitores vivendo do crime, foram eles que deram ao descondenado a vitória em 2022. O PT não incomodará seu mais fiel nicho eleitoral. Enquanto ele estiver no poder, o crime só crescerá.


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