A melhor notícia de ontem foi dada pelo secretário Marco Rubio. Em audiência no Congresso, o responsável pela política externa americana confirmou publicamente que seu governo estuda uma próxima aplicação das sanções da Lei Magnitsky ao juiz (e promotor, vítima etc.) que atropela leis e instituições.
A figura já censurou perfis e bloqueou plataformas sem base legal. Já condenou pessoas inofensivas e desarmadas por golpe armado. Já interferiu no resultado de eleições que deveriam ser anuladas por isso. Já tentou extraditar exilados brasileiros por "crimes de opinião" que não existem em legislação alguma.
Tudo isso o fez passar vergonha junto à Interpol e governos estrangeiros Mas uma punição formal da maior democracia do planeta elevaria o patamar dessas reprimendas, escancarando para o mundo as arbitrariedades a que estamos submetidos e a farsa dos atuais julgamentos de estilo soviético ou cubano.
Outra vantagem é que o sancionado pode não se importar com sua imagem internacional, mas pessoas que hoje o apoiam talvez se preocupem com uma muito possível extensão das medidas a seus familiares e aos interesses que possuem no Brasil e no exterior. Quem vai querer continuar agarrado à mão do leproso?
A palavra "golpista"
Também ontem, no meio do enrolation proposital do Consórcio, eu tentei entender o que disse o brigadeiro. Aparentemente acovardado, ele decidiu colocar palavras na boca do general para não contradizer o relatório da PF. Mas no fundo eles contaram a mesma história.
Face às irregularidades da eleição, o presidente os consultou sobre a adoção de medidas corretivas constitucionais. Estas ainda precisariam ser aprovadas pelo Congresso, mas como poderiam exigir até mesmo prisões, ambos alertaram para o risco de se resvalar para a ilegalidade. E o presidente acatou sua opinião, abandonando a ideia.
Uma prova adicional de que não houve nada além é a própria história de que o general prenderia o presidente; se aquilo já era uma ação golpista em curso, ele deveria prendê-lo na hora. E um golpista jamais aceitaria uma negativa de subordinados, mas os substituiria por quem concordassem em segui-lo e daria andamento a seus planos.
Onde então está o golpe? Está nas palavras utilizadas pelo Consórcio, eles chamam a reunião de reunião golpista, um documento de minuta golpista e assim por diante. O golpe de Bolsonaro é retórico, uma narrativa da elite que domina essa imprensa e não quer ter seus interesses ameaçados.
Ação golpista
Já o golpe de quem confessou que "nós derrotamos o bolsonarismo" e "nós pedimos aos americanos para constranger nossos militares" está em pleno andamento. O próprio servilismo do brigadeiro pode ser decorrência dessas pressões. E ontem surgiu outra prova de que o tal relatório é antes de tudo uma peça de ficção.
Há meses o juiz-promotor se recusa a fornecer os dados do celular de Filipe Martins a seus advogados, mas estes conseguiram levantar que eles mostram que seu cliente não estava na "reunião golpista", como delatou Mauro Cid após ter sua família ameaçada.
É impressionante como eles perseguem o Filipe e o ódio que sentem por ele ter resistido ao meio ano de tortura que foi sua prisão por entrar nos EUA (!) sem nunca ter feito isso (!!). Falsificaram sua entrada lá, ameaçam familiares de seus alvos, sonegam informações às defesas. Stalin e Fidel não fariam melhor.
Domingo na Paulista
"Sanção de Trump a Moraes é inadmissível e gerará solidariedade, dizem ministros do STF" é o título de Mônica Bergamo. Na mesma linha, Sakanamoto fantasia que isso fará o brasileiro se voltar contra Bolsonaro. A bolha é tão fechada que eles talvez pensem mesmo que o povo os defenderá contra a interferência duzamericanus.
Eu dou a maior força, sugiro inclusive que os ministros convoquem uma manifestação de apoio na Paulista, com eles em cima de carro de som e tudo. Mais gente que o descondenado e o MBL eles devem juntar.
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