sábado, 17 de maio de 2025

Leão mandando bem

Quem diz que os seres humanos em gestação devem ser protegidos e a família é baseada na união entre um homem e uma mulher? A Constituição brasileira diz, mas o STF decidiu que ela era muito preconceituosa; quem assumiu recentemente as duas posições foi o Papa Leão 14.

Comentando as declarações, a militância de redação preferiu "compreender" que o cargo de sumo pontífice inclui algumas pontes com a tradição e manifestou sua esperança de que ele faça "gestos" em relação ao público LGBTX (o verdadeiro deus de nosso tempo, como dizia décadas atrás o Paulo Francis).

Eles se mostram cada vez mais preocupados, mas evitam críticas diretas e ainda esperam que Leão seja outro Francisco. Devem estar rezando para isso.

Licença para mentir

Nos últimos dias andam circulando na internet boatos de que o novo papa já teria elogiado Bolsonaro como exemplo máximo de um "líder que defende a fé" e declarado que o comunismo é um mal que "penetrou até mesmo nos círculos cristãos disfarçado de solidariedade".

As duas declarações são falsas, segundo os checadores de fatos do Estadão. Mas o que chama novamente a atenção é o desespero desse pessoal para desmenti-las, principalmente se você considerar que a primeira é quase um meme.

A sua situação melhoraria bastante se tivessem o mesmo rigor com as notícias de seus jornais e as interpretações criativas de nossas leis. Imagine-os publicando algo como "ao contrário do que diz o ministro, a lei brasileira não prevê o bloqueio de perfis inteiros, mas apenas de postagens em situações determinadas".

Nesses casos eles nunca se manifestam. Ou o fazem maldosamente, insinuando, por exemplo, que o Eustáquio descumpriu alguma lei brasileira e a Espanha nega sua extradição porque possui alguma legislação exótica, desconhecida entre nós, sobre liberdade de expressão.

As mentiras dos outros são criminosas, mesmo que não passem de brincadeiras. As deles são liberadas e devem ser levadas a sério.





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