terça-feira, 6 de maio de 2025

Jamico e os analfabetos

Que mico pagaram o Jamil Chade e os coleguinhas militantes que foram em sua onda. Os caras correram a assegurar que o Eduardo Bolsonaro estava mentindo sobre a visita do David Gamble e foram desmentidos no dia seguinte - pelos fatos e por veículos como a esquerdista CNN.

A sorte deles é que, atuando num meio dominado pela militância, ninguém os cobrará pela fake news. A tal Raquel Landim nada sofreu ao confessar esses dias que eles não noticiavam os desvios do Consórcio Nordeste para não prejudicar o PT. Jamico também nada sofrerá. E até do galho do X ele pulou para não ser humilhado por gente de fora. 

Agora eles torcem para que o David não fale com Jair Bolsonaro e possam vender seu encontro com Flávio pela versão diplomática de que nada foi falado sobre o Xandão. Mas se David e Jair se reunirem não tem problema, eles inventam uma narrativa qualquer e seguem em frente como se nada tivesse acontecido.

Quem acredita nesses malandros?

Como exceção, eles podem até enganar pessoas bem educadas e intencionadas. Como norma, notícias recentes explicam a sobrevivência desse pessoal. Um oitavo dos portadores de título superior e 29% dos brasileiros em geral são analfabetos funcionais, incapazes de ler ou compreender qualquer texto mais complexo que um bilhete.

A situação é ainda pior porque você não pula automaticamente dos 29% para o 71%. Estes devem se dividir em diferentes faixas de compreensão, restando aos que deveriam ser normais um percentual ainda menor (talvez, chuto, na ordem de 30%) e facilitando a enrolação do público como um todo.

É com isso que conta alguém como o Sakanamoto, que ontem usou esses dados para tentar argumentar que o analfabetismo funcional favorece à direita, permitindo-lhe vender mentiras curtinhas pelo zap e descredibilizar a "mídia profissional" (aquela dominada pelos militantes de redação).

O único problema do raciocínio é que os fatos estão contra ele. Antigas pesquisas mostravam que o descondenado tinha cerca de 80% dos votos dos analfabetos. E isso não mudou muito desde então, pois é fácil verificar que ele só vence nas regiões do país e nas faixas de renda em que o analfabetismo é maior.

Aposentadão

Um artigo destacado hoje pela Paula Schmitt (aqui) traz um exemplo real de como os bancos se aproveitam das fragilidades de seus correntistas para desviar seu dinheiro. Um esquema facilitado em 2007, quando o descondenado obrigou cada aposentado a ter conta em um banco e o lote dos aposentados analfabetos foi o mais disputado.

O atual Aposentadão - que cresce a cada dia, já deixou o Mensalão no chinelo e pode ultrapassar até o Petrolão - se utiliza basicamente das mesmas técnicas em favor dos freis chicos da vida. Na base de todos esses escândalos, a figura de sempre. Mas tem gente que não consegue estabelecer essas conexões.

Lembrancinha

Wolney Queiroz, substituto de Lupi, foi um deputados que mais lutou por uma alteração enfiada numa MP de 2021, que aumentou o prazo para as associações revalidarem o aceite dos aposentados aos descontos em folha de um para três anos. 

Como resultado, os descontos que vinham diminuindo desde as medidas tomadas por Bolsonaro em 2019 voltaram a aumentar ainda em 2022. E explodiram em 2023, quando o PT voltou ao poder. Mera coincidência, dirá o miquinho analfabetizado e amestrado.

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