quinta-feira, 17 de abril de 2025

Relações internacionais

E a ministra e conselheira de siderúrgica Anielle Franco se manifestou. Não para criticar a libertação do mandante daquele crime, porque disso eles, antes tão loquazes,  parecem agora proibidos de falar. Sua reclamação é que o governo americano não mostra mais interesse em manter parcerias com o Brasil contra o racismo.

O pior é que ela só descobriu isso após chegar nos EUA e constatar que não tinha nem com quem falar no governo americano. Trataram-na como o imbecil das relações exteriores e o próprio chefe da matilha, sem o mínimo de atenção. O que a esforçada ministra atribuiu à maldade racista do Trump.

Eu só não entendi uma coisa, Anielle. Se o problema é o Trump é porque a parceria funcionava até três meses atrás. Bastava você ligar para as pessoas com quem interagia e perguntar quem as substitui ou o que houve com seu departamento, algo que poderia ser feito por uma das amigas de futebol sem sair do Brasil.

Mas a pobrezinha não atinou com essa possibilidade e agora vai ficar lá, vários dias perdida em Nova York, precisando fazer umas comprinhas ou assistir a alguns shows para matar o tempo. O azar é do combate ao racismo, que fica sem sua atuante presença. E da siderúrgica, que não poderá contar com seus conselhos.

Estes não vão

Quem desistiu de ir aos EUA é quem ia palestrar no Brazil Conference, evento organizado por estudantes brasileiros de esquerda que uma vez por ano alugam uma salinha em Harvard e convidam sumidades como Dilma ou Barroso para conversar fiado por lá. 

Desta vez convidaram "mulheres trans" como Erika Hilton e Duda Salabert. Mas como seus novos vistos americanos informavam que eles são homens, ambos prometeram processar o governo Trump - por registrar fatos incontestáveis? - e desistiram de viajar. Contando com o Xandão, já são três que não colocam mais os pés nos EUA. 

O político vai atrás do eleitor

País com Suprema Corte decente é outra coisa. Uma delas, a do Reino Unido, acaba de reiterar o óbvio: homens que se vestem de mulher continuam sendo homens e mulher é mulher. E o interessante é que isso não foi elogiado só pelos conservadores, mas também pelos trabalhistas que hoje estão no poder.

A imprensa pode divulgar falsas pesquisas e criar narrativas à vontade, mas o político sente para que lado pende o povo e não quer contrariá-lo. Aconteceu aqui com a anistia, que avançou rapidamente após o sucesso das manifestações favoráveis e o fracasso das contrárias, serviu para sepultar a novela das "mulheres trans" por lá. 

Vergonha mundial

A recusa da Interpol nos dois casos ficou meio escondida; a do governo americano, embora ocorrida na era Biden, acabou atribuída ao "radicalismo" do Trump. Mas a luzinha acendeu quando um europeu governado pela esquerda como a Espanha também se recusou a tratar os perseguidos políticos brasileiros como criminosos.

Farejando a desmoralização internacional, até o Merval disse, naquela emissora, que "talvez" nós estejamos mesmo tratando opinião divergente como crime. Estão sim, Merval, e quanto mais gente com um mínimo de inteligência e cultura tomar conhecimento do que acontece por aqui, mais vergonhoso para vocês ficará.

Merval é cínico, mas revela uma brecha na muralha do arbítrio. Em mais algum tempo só aquele grupelho de 20% de patetas incorrigíveis continuará a acreditar que devem existir temas incriticáveis e cabe às "autoridades" definir o que cada cidadão pode dizer ou não.


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