Solicitada a extraditar Oswaldo Eustáquio, a justiça espanhola repetiu o que a americana havia dito sobre Allan dos Santos e a Interpol sobre ambos: Eles não são criminosos, são cidadãos que se exilaram porque foram perseguidos politicamente por suas opiniões, algo que não é crime em países civilizados.
Como a Débora e todos os outros, eles são oficialmente acusados de delitos graves como tentar abolir o estado de direito. Mas a perseguição fica evidente quando se pergunta o que caracteriza esses atos (como fizeram as cortes dos dois países e a Interpol), pois a resposta é que os dois falaram e ela passou batom na estátua.
Quem pode cair numa armação tão primária? O militonto comum cai, mas este é aquele pobre coitado que, após sofrer uma lavagem cerebral típica de seitas, sai por aí repetindo chavões e se achando membro de uma elite que será salva da perdição que atingirá os demais. De Hitler a Jim Jones, todos usam esses idiotas.
Jornalistas, policiais, influencers e outros propagandistas de nível médio desses grupos autoritários em geral não caem. Alguns poucos entre estes creem realmente, mas a maioria é formada por mercenários contratados para fingir adesão sincera e convencer os patetas que os levam a sério.
E os que estão no alto da pirâmide são cínicos que sabem estar mentindo e evitam se colocar em situações constrangedoras. No caso em tela, alguém desse quilate não pediria a extradição de dois inimigos pouco poderosos para não vê-la negada pelos motivos óbvios e acabar se expondo ao mundo como realmente é.
Como se acreditasse nas acusações fantasiosas que inventou, Moraes pediu - e se expôs internacionalmente. O que indica que ele é suficientemente próximo do topo para tomar decisões estúpidas sem pedir licença a ninguém, mas também que devem existir pessoas mais inteligentes acima dele. Quem são elas? Aí é que está.
Ele insiste
A Espanha se recusou a extraditar Eustáquio porque não existe crime de opinião na legislação dos dois países e, portanto, o tratado entre eles não se aplica neste caso. Mas a Espanha estava pedindo a extradição de um traficante búlgaro que foi preso aqui e deveria ser enviado para lá porque tráfico de drogas é crime dos dois lados.
No entanto, confundindo mais uma vez a lei com sua vontade, Xandão negou a extradição do bandido para se vingar da humilhação sofrida com a negativa espanhola. E exigiu que o embaixador da Espanha lhe desse explicações, passando também por cima dos canais diplomáticos normais!
É trágico, mas nunca deixa de ser ridículo. E é lastimável que tenhamos chegado a esse ponto, mas é bom que ele insista para que o mundo o conheça como nós. Nesse sentido, podemos repetir o que dizem os imbecis: "Vai lá, Xandão, eu autorizo."

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