Datafolha: Lule tem 48% no 1° turno, seguido de Bolsonaro (22%), Moro (9%), Ciro (7%) e Doria (4%). Vantagem do petista lhe daria vitória na primeira rodada e a entrada do ex-juiz embola a terceira via. Dizem que votarão em branco ou anularão 8%, e 2% não souberam responder.
Não sei qual era a margem de erro, mas era isso o que anunciava a Folha em dezembro de 2021. E os números estavam em linha com o que ela e o restante do Consórcio garantiam desde que as pessoas foram proibidas de se reunir em grande quantidade em virtude da pandemia, em março de 2020:
Ninguém mais apoia Bolsonaro, as pessoas só não saem às ruas para pedir seu impeachment porque estão proibidas, mas os deputados devem dar andamento ao processo o quanto antes se quiserem ter apoio popular. Acabou, com ele só ficaram uns 20% de fanáticos que não lhe garantem nem a presença no segundo turno em 2022.
As restrições foram levantadas e as pessoas saíram às ruas em setembro de 2021, mas o fizeram para apoiar o presidente aos milhões nas maiores manifestações populares de nossa história. Porém o Consórcio não se abalou, jogou aquelas multidões na conta dos 20% e continuou a apresentar suas "pesquisas" como se fossem verdadeiras.
Foi só às vésperas do 1° turno que eles amenizaram as distorções, embora não o suficiente para evitar um mico histórico, que na época procuraram justificar dizendo que o eleitor mentia e hoje fingem que não aconteceu. Claro que a partir do 1° turno ficou fácil prever a disputa apertada do 2° e seus "institutos" tiveram que se conter.
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Pois aí estão de novo os institutos para dizer o que as ruas e as pessoas nunca dizem. Descendo ao seu nível mais baixo de todos os tempos, como bem observou o Guzzo, o Consórcio agora tenta vender a ideia de que a maioria dos brasileiros concorda com os psicopatas que condenaram idosos que nada fizeram a décadas de prisão.
As ruas não mostram isso, a manifestação dos defensores do sadismo foi umas vinte vezes menor que a realizada pelos favoráveis à anistia na mesma avenida. As pessoas não dizem isso, os poucos que defendem as prisões absurdas são os que, por problemas diversos, se comprazem com o sofrimento alheio.
Na verdade, nem as pesquisas dizem. Muitos não sabem bem o que aconteceu e tendem a responder que quem errou deve pagar, é fácil manipular isso através das perguntas. E entre os 56% que os institutos dizem ser contra a anistia, há muitos que consideram as penas muito longas.
Isso é uma contradição que mostra como eles enrolam o entrevistado. A anistia não visa cancelar as punições (que seria o correto), mas libertar pessoas que já estão presas há mais de dois anos. Se o sujeito acha que isso é uma pena longa demais, ele está a favor da anistia sem saber.
Agora outra pesquisa diz que 52% do povo quer a prisão de Bolsonaro. De novo, o entrevistado tem que ignorar os fatos ou ser idiota para acreditar no "golpe" de Bolsonaro. De novo, as margens são mínimas, próximas da metade. E como eles "erram" como vimos no início, é fácil imaginar o que realmente as pessoas pensam.
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O Consórcio não desceu ao seu "ponto mais baixo" por acaso e seu objetivo não é apenas acabar com um inimigo político. O empenho que eles mostram nesse caso se explica porque a fantasia do "golpe" é uma das maiores mentiras da história recente. O que eles estão querendo mostrar é que, mesmo com as redes, ainda são capazes de manipular, de inventar algo e fazer boa parte da população acreditar no que dizem.
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