Anistia em marcha

A notícia saiu aqui, nos últimos comentários da noite: foram obtidas mais dos que as 257 assinaturas necessárias para dar urgência à analise do PL da Anistia na Câmara, etapa indispensável para corrigir aquele que talvez tenha sido o maior absurdo jurídico já cometido em nossa história.

Pouco depois, perto da meia-noite, Lauro Jardim a publicou em sua coluna eletrônica de O Globo, mas não sei se a inseriram na edição impressa de hoje e ainda não a mencionaram nas sucursais paulistanas do Consórcio. Mesmo com tempo de sobra, Foice e Ex-tadão preferiram continuar fingindo que nada aconteceu.

Não é a guerra ganha, mas é uma vitória emblemática do Brasil decente. E uma derrota da parcela podre deste país, dos que jogaram com centenas de vidas para criar narrativas, dos que se deliciam com o sofrimento de inocentes, de imbecis como o tal Nasi, dos que pensaram que iludiriam alguém com suas pesquisas deturpadas.

Não iludem o cidadão comum que já entendeu como eles agem, jamais iludiriam os que se elegeram deputados. Estes viram a enorme diferença entre as manifestações populares a favor e contra a Anistia. E perceberam para que lado pendem seus possíveis eleitores quando passam a entender o que está acontecendo.

Foi para manter esses eleitores na ignorância que o Consórcio ignorou ou desvirtuou o tema sempre que pôde. Foi quando se viu inapelavelmente derrotado nas ruas que ele colocou as pesquisas em marcha, como dizíamos na terça. Hoje estão chateadinhos porque quem marcha é a Anistia.

Índio com celular

O dia deles é na próxima semana, mas um bando de índios decidiu protestar ontem em Brasília. Muitos eram homens jovens e fortes, alguns até portavam suas armas primitivas. Ainda assim não conseguiram entrar em nenhum dos prédios da Esplanada, pois estes estavam protegidos pelas forças que existem para isso mesmo. 

Claro que tudo seria diferente se os silvícolas tivessem sido bombardeados com gás lacrimogênio e convidados a se abrigarem nos prédios deixados de portas abertas por solícitos agentes. Ou se alguns falsos índios iniciassem um quebra-quebra e uns poucos verdadeiros acabassem por entrar nesse embalo.

Nesta hipótese, aqueles que prepararam a armadilha tentariam apagar suas pistas inventando uma desculpa sem pé nem cabeça para sumir com os vídeos das inúmeras câmaras de segurança instaladas naqueles locais. E nós só saberíamos o que realmente aconteceu se algum índio filmasse tudo com seu celular.

De volta à guerra

Não depende só da vontade popular. O regime PT-STF vai jogar sujo como sempre e existe o risco da Anistia não passar na Câmara ou, mais provavelmente, passar e ser bloqueada posteriormente, no Senado ou através de outra invencionice inconstitucional daquele tribunal. 

Mas não interessa, o que importa é levar o assunto o mais longe possível, conquistar o máximo de território se ainda não der para ganhar de vez a guerra.