Esta semana será marcada pela nova versão de uma luta antiga. Agindo à luz do dia como convém a quem tem razão, a oposição tenta aumentar o número de deputados favoráveis à libertação dos presos políticos. Mas as forças das trevas se movimentam nas sombras para pressionar os comprometidos com a anistia a voltarem atrás.
As armas que os malignos utilizarão em cada caso permanecerão ocultas, mas o seu desejo psicopata de manter inocentes presos por falsas acusações é tão elevado que eles nem se dão ao trabalho de escondê-lo. Ao contrário, mandam anunciar isso abertamente nos jornais que os apoiam.
"Ministros do STF cobram governo Lule para retirar assinaturas da base pela anistia", diz o título de uma dessas matérias. A atuação política, a parceria com aquele que irregularmente descondenaram... é tudo escancarado. E tudo fora da lei, mas disso nem se fala porque se a lei fosse cumprida não haveria ninguém a libertar.
O que acontecerá? A urgência ganhará mais adeptos? As pressões criminosas surtirão efeito? Luz ou trevas? Só saberemos depois da Páscoa, quando o também pressionado Hugo Motta voltar.
Casa invadida
Eles tentaram competir em termos de manifestação de rua e perderam feio, pois o total dos que compartilham de sua maldade gratuita é, felizmente, muito pequeno. Tentaram inflar esse número através de falsas pesquisas, mas ninguém as levou a sério. Agora, ao que parece, estão apelando para perguntas que consideram matadoras.
Dizendo tê-la recebido de "um ministro", a asquerosa Canhotêde foi quem trouxe a público a indagação supostamente irrespondível: "Se invadissem sua casa e quebrassem tudo, você pediria anistia para os criminosos?"
A comparação escolhida já revela que essa gente autoritária se sente dona exclusiva do espaço público e o trata como uma casa particular que foi invadida por estranhos. Na mente do tal ministro, é como se os manifestantes daquele dia não fossem também donos da "casa" em questão.
Mas sigamos. Você nem poderia chamar os que entraram na casa de invasores se mandasse alguém atacá-los na rua e os convidasse a entrar para se abrigarem, como realmente aconteceu naquele dia.
E mesmo esquecendo que a casa também é deles ou que os convidaram a entrar, o argumento não se sustenta. Se alguns dos que entraram em minha casa quebrassem algo (não "tudo", ministro) eu gostaria que eles pagassem por isso, mas jamais pediria que fossem condenados a penas altíssimas por crimes que não cometeram.
Finalmente, nos últimos anos nós tivemos vários casos reais de invasão e depredação de propriedades privadas por grupos de criminosos armados e organizados. O ministro poderia dizer quantos membros do MST estão presos neste momento?
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