domingo, 6 de abril de 2025

A baixeza dos depravados

A baixeza com que a maior parte da imprensa brasileira age para destruir a anistia é o ponto de maior depravação a que chegou o jornalismo dito "profissional" neste país. É a favor da polícia, da censura, da repressão política, da ditadura judiciária e, agora, da vingança.

As palavras acima são do Guzzo e podem ser comprovadas por uma rápida passada pelos sites do Consórcio. Como sempre, eles andavam disfarçando e fingindo isenção. Mas quando viram que a anistia avançou entre os deputados e a população, resolveram apresentar suas armas.

Foi assim que passaram a surgir "notícias" como a de que Motta estaria acabado se pautasse a anistia. Ou que colunistas como Merdal, entre vários outros, se dedicaram a repetir quase diariamente que a anistia é um projeto pessoal de Bolsonaro que não encontra eco entre a população.

Chamado à luta, o fiel Quaest declarou que 56% dos entrevistados defendem as prisões políticas como estão e 34% acham que elas nem deveriam ter acontecido. São números estranhos porque deixam um máximo de apenas 10% para a posição, mais típica de uma anistia, de quem concorda com a condenação e discorda da dosimetria. 

E pensemos juntos: se o povo está mesmo contra o "projeto pessoal de Bolsonaro", por que eles se empenhariam tanto em derrubá-lo? Bastaria deixá-lo falando com a meia dúzia de fanáticos que ainda o ouve. Mas isso é algo bem diferente do que eles estão fazendo no noticiário especialmente canalha de hoje.

A desonestidade do Ex-tadão pode ser medida por um de seus títulos sobre o tema: Ato pró-Bolsonaro na Paulista terá novidades nos discursos e acusações de "injustiça". As aspas, desnecessárias, já indicam a posição do jornalão. Mas chamar o ato pela anistia por outro nome é coisa de DCM ou Esgotão. Ridículo!

Na Foice, "especialistas" invertem a ordem dos fatores para garantir que "o judiciário foi obrigado a se politizar" porque está sendo atacado. Quanto à "guerra do batom", eles concordam que aquela estátua encarna a Justiça e a Débora deveria pagar por seu ataque; "Não acho que seja grande a pena de 14 anos", diz uma professora.

Esse é o nível dos pilantras hoje, a poucas horas da manifestação. E isso que suas manchetes e artigos, muitos dos quais já devem estar até prontos, garantirão que ela flopou miseravelmente. Como diz o Guzzo, esse deve ser o ponto de maior depravação a que chegou essa gente.

Vildete

Dona Vildete cometeu o erro de entrar no prédio para se abrigar das bombas que os petistas lançaram naquele 8 de janeiro. Presa em Brasília, foi liberada dias depois - com tornozeleira, obrigação de se apresentar na delegacia etc. - porque eles não tinham os remédios que ela toma para os intestinos (um de seus vários problemas de saúde).

Estava em casa quando a prenderam de novo, desta vez "por risco de fuga". Condenada a 11 anos, vive agora na penitenciária de Santana, onde, aos 74 anos, com osteoporose e trombose em estado avançado, pesa 40 kg e precisa se locomover em cadeira de rodas. Pode não ter pau de arara, mas é tortura.

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