É natural que pessoas que não gostam de Donald Trump não queiram comprar veículos produzidos pela Tesla de Elon Musk ou se desfaçam dos que compraram. Eu também não compraria nada no Magazine Luiza, empresários com posições políticas definidas sempre terão esse problema.
O que foge da normalidade são as violências cometidas contra veículos, revendas e estações de carregamento da Tesla, que envolvem de pichações a tentativas de incêndio e estão se tornando cada vez mais frequentes na Europa e nos EUA. Os relatos estão por aí, basta procurar na imprensa tradicional.
A outra anormalidade está na própria imprensa que também é inimiga de Trump e critica os ataques na aparência enquanto os justifica nas entrelinhas. Como exemplo disso, ao contar que alguém escreveu "nazista" com spray numa loja da Tesla, o jornal acrescenta que Musk fez um "gesto considerado nazista por muitos".
Para piorar, nossos jornais decidiram atribuir a queda das vendas dos veículos Tesla aos "protestos dos consumidores indignados". Eles comparam janeiro ou fevereiro com o mesmo mês do ano passado e concluem que a diminuição se deveu ao envolvimento de Musk no governo iniciado em 20 de janeiro.
Acontece que a participação da Tesla no mercado veio diminuindo durante todo o ano de 2024. Trata-se de um fenômeno iniciado muito antes da eleição americana, causado pela entrada de modelos de concorrentes europeus e asiáticos, mais baratos ou mais atrativos para o consumidor.
Só a Volkswagen colocou três veículos elétricos entre os dez mais vendidos, dois deles com crescimento de quase 200% em 2024 e o outro, que está em terceiro lugar nas vendas, com nada menos que 657%. A Tesla caiu para a terceira posição (a primeira é de outro VW), com vendas 46% menores em relação ao ano anterior.
Essa alternância é natural num mercado disputado e relativamente novo, em que os líderes de hoje podem ser superados amanhã. E esse contexto deixa evidente que os números da Tesla em janeiro ou fevereiro de 2025 seriam de qualquer maneira menores que os de janeiro ou fevereiro de 2024.
É possível que a política tenha contribuído para essa diminuição, mas apenas perifericamente. E o principal é que não houve nada parecido com a queda brusca que a imprensa tenta vender ao distinto público. Mais uma vez, os que querem censurar a internet lançam uma fake news com plena consciência do que estão fazendo.
Dá até medo de pensar no que esses caras escreverão se e quando o odiado bilionário pousar em Marte. De científico o noticiário deverá ter muito pouco, mas, como mais uma vez se comprova, ficção é com eles mesmo.
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