terça-feira, 25 de março de 2025

Prestes a quebrar

O dinheiro da ONU acaba em outubro e os EUA, que fornecem um terço dele, não parecem muito dispostos a continuar sustentando a festa dessa adolescente que se rebela contra o pai, mas vive de sua mesada. Um senador já tem até uma proposta mais radical, para os EUA abandonarem de vez a organização.

Segundo o artigo de Jamil Chade, desta vez a culpa não é só de Trump. A crise está estourando agora, mas é antiga. No ano passado, ainda na administração Biden e com a dinheirama "estadunidense" entrando nos cofres, a ONU teve que recorrer a empréstimos para conseguir fechar as contas.

Pressionado pela própria ineficiência e pela ameaça americana, o secretário-geral Antonio Guterres não aceitou a proposta da Rússia para diminuir o salário da cúpula da organização em 10 a 20%, limitando-se a prometer cortar 500 de seus 35 mil funças num embalo de órgão público: eles não serão substituídos ao se aposentarem. 

Guterres, que vive dando palpite sobre tudo, é bem a cara da ONU atual, que abandonou seu papel original de mediadora capaz de garantir a paz entre as nações para se transformar numa grande ONG com pretensões a definir normas internacionais sobre o clima, o aborto e o que mais quiser. 

Embora não admitam abertamente, os que dirigem a ONU de uns tempos para cá sonham em ser a semente de um governo global não eleito que estaria acima das nações e da vontade democrática de seus povos. Mas agora sabemos que nem as próprias contas conseguem governar. 

Pelo menos dá para entender melhor a preocupação do Guterres com o fim do mundo. Ele só devia ter explicado que era o mundinho dele que está ameaçado. O que está esquentando perigosamente é a sua chapa.

Dosimetria

Eu acabei indo de Chamil, que hoje até está calmo, mas é difícil escolher uma entre tantas  aberrações, quando se procura um assunto entre os colunistas do UOL. 

Entre as de hoje poderíamos destacar o Walter Maierovitch, com sua certeza de que os eleitores de Eduardo Bolsonaro não concordam com seu licenciamento do cargo. Por algum motivo, o sujeito imagina que quem votou no Bananinha pensa como um petista e está satisfeito com o nosso regime autoritário.

Teríamos também a patética Raquel Landim, que acaba de descobrir que a maioria dos empresários brasileiros é simpática a Bolsonaro. Falando sobre a pausa no julgamento da manicure Débora, ela escreve:

Em grupos de WhatsApp de empresários, conforme apurou a coluna, está vencendo a narrativa de "agora no Brasil se prende por 14 anos por passar batom numa estátua". "A elite embarcou nessa conversa", diz uma fonte com acesso a vários desse grupos.


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