Na esteira de seu inesperado editorial a favor da liberdade de expressão, a Folha agora informa que o desgoverno petista estava por lançar uma declaração mais forte a favor da censura da internet - eles chamam como sempre de "regulação" - em conjunto com a União Europeia.
As conversas se davam no âmbito de um tal Diálogo Digital Brasil-UE e o documento estava engatilhado, mas as coisas refluíram depois dos europeus concluírem que regras mais rígidas prejudicariam os desenvolvedores de IA e da bronca do Vance em Munique ter reiterado que os americanos reagirão aos ataque à liberdade.
Embora o ideal de controle petista seja mais próximo de seus parceiros autoritários de Brics, Rússia e China, o desgoverno procurava se aproximar da UE para dar um verniz civilizado à sua selvageria e ganhar massa crítica na briga contra uzamericanu.
A retirada da escada europeia os deixa com o pincel na mão. Como reconhece a Folha, "se o Brasil se mantiver sozinho na iniciativa de regular, fica mais vulnerável à pressão das big techs e a críticas de que estaria indo contra a corrente".
Caricatura
Não sabemos até onde ia esse "diálogo" Brasil-UE, mas o fato dele ser oficial coloca os europeus no mesmo balaio do petismo e oferece um motivo para os EUA se preocuparem politicamente conosco apesar de estarem economicamente preocupados com a UE.
O motivo é careca e dá plantão num certo tribunal. Acostumado à falta de limites do Brasil, o ministro pensou que poderia dar ordens à Interpol, a empresas estrangeiras e a quem mais quisesse, expondo-se como nenhum europeu normal faria e encarnando o papel de vilão caricatural que lhe parece reservado no contra-ataque americano.
Quem faz uma boa análise sobre esse assunto é Ana Paula Haenkel. Clique na figura abaixo e gaste dez minutos de seu tempo com ela.
Alemanha à direita, imprensa à esquerda
Confirmando as pesquisas, a esquerda alemã foi derrotada pela CDU, de "centro-direita". A segunda posição coube à "ultradireita" da AfD, o partido que mais cresceu e de certo modo definiu a pauta vencedora, pois a CDU endureceu o discurso contra a imigração para levar os votos de quem ainda não quer votar na estigmatizada AfD.
Estigmatizada pela imprensa, que repete que este foi o melhor resultado obtido pela ultradireita desde a Segunda Guerra Mundial. A AfD não existia naquela época, nasceu em 2013, mas a ideia (nada sutil) é apresentá-la como uma continuadora do nazismo.
Outro ataque envolve a fundação da AfD, que deve receber financiamento público agora que o partido conquistou mandatos em três eleições consecutivas. Ou deveria, pois a imprensa já vende o peixe de que a regra não deve ser cumprida no caso deles. Depois os jornais reclamam quando o público os despreza.
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