quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Sem provas, procurador acusa

As acusações são tão absurdas que, lá pelas tantas, até a Folha se viu obrigada a dar a manchete com o "sem provas" que usa para defender a esquerda quando algo aconteceu. Só mudou a ordem dos fatores para defender a direita em algo que não aconteceu: "Bolsonaro aceitou matar Lule, diz PGR sem comprovar."

Ops, peraí, como dá para garantir que a acusação é falsa? Alguém não poderia ter sugerido que seria bom eliminar o Molusco e ele concordado? No mundo das possibilidades infinitas poderia, evidentemente. Mas não existe o mínimo indício de que essa conspiração existiu, quanto mais de que o presidente sabia dela.

Como acusam alguém com essa leviandade? Fácil, do mesmo modo que acusam pessoas como o pobre Clezão e a moça que rabiscou uma estátua por "golpe" e tratam as evidências materiais como meros detalhes que podem ser substituídos pelos desejos dos acusados, que se julgam aptos a adivinhar.

Nem no Minority Report era assim. Basta lembrar que, no início do filme, os policiais chegam no momento em que o sujeito está prestes a consumar o assassinato da esposa e do amante. No Brasil atual ele poderia ser preso antes de desconfiar que estava sendo traído.

É melhor rir que chorar, mas é desanimador ver o nível de politização rasteira a que desceu a justiça brasileira. Um índio seria tratado com mais imparcialidade no tempo das capitanias hereditárias - ou pelo menos inventariam uma trama mais crível e elaborada se tentassem condená-lo por crimes inexistentes.

Parabéns

A imprensa o chamava de ditador e durante o seu governo nós realmente começamos a ter censura, leis desrespeitadas e pessoas perseguidas, presas ou exiladas por opinião. Mas isso só afetou defensores de Bolsonaro, jamais seus inimigos, de maneira que ele se tornou o único ditador perseguido durante sua ditadura.

Era óbvio que entregar a presidência para o petismo e deixá-lo indicar mais dois nomes para o STF só agravaria esse problema. Assim, estão de parabéns os que escolheram esse caminho, tanto os que fizeram o L maiúsculo como os que optaram pelo minúsculo (aquele que parece um I de isentão). E ainda quebraram o país!

Ajuda superior

Nesses momentos difíceis, a gente precisa se voltar para o alto e pedir ajuda com humildade. O alto do mapa normal, em cuja parte superior habitam poderosos como Musk ou Rubio e superpoderosos como Trump. Podemos não gostar de admitir, mas só eles podem impedir que as forças do mal dominem para sempre nosso mundo inferior.

Aquecimento

Em relação à imagem do topo, muita água ainda rolará debaixo dessa ponte, mas por via das dúvidas é bom a dona Michelle já ir amarrando os tênis. A esposa que se candidata em lugar do marido que foi preso (ou afastado, ou assassinado) é um clássico da política internacional.


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