Se eles ainda vão odiar Chris Smith, sempre odiaram Marco Rubio, filho de cubanos que deixaram a ilha pouco antes que a esquerda tomasse o poder e a transformasse na mais longeva e sanguinária ditadura das Américas. Como eles amam a ditadura e Rubio a detesta, os esquerdistas da América Latina o odeiam de antemão.
O problema é que ele agora é o poderoso Secretário de Estado de Trump e está visitando a região. Parou no Panamá e parece que convenceu o presidente local a mudar de ideia sobre a relação com a China. De lá segue para outros países da América Central, a do Sul ficará para uma próxima oportunidade.
Mas a luz vermelha dos vermelhos já acendeu. Inclusive na Europa, de onde o pensador e molestador Boaventura Souza Santos lança seu alerta: cuidado, o homem é perigoso, quer acabar com a esperança trazida por Fidel Castro, com a nossa amizade com os simpáticos chineses, com os Brics e com nossos grandes governos.
Para eliminar a ameaça, o professor recomenda dois remédios. O primeiro é negociar em conjunto para ganhar força e evitar que ele jogue um país esquerdista contra o outro. O segundo é receber o sujeito com educação, mas convocar o povo para ir às ruas em grandes manifestações de repúdio ao imperialismo ianque.
O ínclito sociólogo só esqueceu de explicar como se preparam essas poções mágicas. Mas terminou seu artigo (publicado no Esgotão) lembrando do que acontecerá a quem não seguir suas recomendações rubiofóbicas. E quanto a esta última parte nós esperamos que ele esteja com toda a razão:
(...) em países como Brasil, Chile, Colômbia, Bolívia e Equador há eleições no próximo ano. É crucial não deixar normalizar Rubio como um político amigo que até fala a nossa língua. Desrubializar a América Latina deve ser a mais importante palavra de ordem. Se a esquerda não der neste momento um sinal forte de que existe dificilmente o dará quando o povo for às urnas após um ano de rubialização.
O que diz Rubio
Muito ligado à congressista Maria Elvira Salazar, que tem trabalhado a favor da liberdade no Brasil, Rubio é um dos políticos com quem nosso "embaixador informal", Eduardo Bolsonaro, já mantém uma longa relação. Abaixo, declarações dele por ocasião da posse de Jair Bolsonaro em 2019 e da censura do X no ano passado.
Bolsonaro está inaugurando uma nova era na política brasileira, uma saída dramática dos governos esquerdistas e antiamericanos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff (...) Trump deve aproximar as duas nações mais populosas do Hemisfério Ocidental (...) Um Brasil forte, vibrante e democrático, mais alinhado aos Estados Unidos como parceiro estratégico, pode ser um multiplicador de forças para enfrentar a crise atual na Venezuela (onde a governança se deteriorou e há corrupção generalizada) e para combater as intenções malignas de regimes autoritários como China, Rússia e Irã, que pretendem expandir sua presença e atividades na América Latina.
Uma manobra do juiz Alexandre de Moraes para minar as liberdades básicas (...) Desde multar indivíduos e entidades privadas que buscam informações sobre o X até impor censura legal (...) O povo brasileiro está enfrentando sérias repressões pelo simples fato de se envolver em uma plataforma de mídia social.
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