domingo, 2 de fevereiro de 2025

Mais caro que Marte

A esquerda controlou a maioria da imprensa, veio a liberdade da internet. A esquerda inventou as agências de checagem, estas estão sendo agora contidas pelas notas de comunidade. Mas não sabemos se para sempre, pois é certo que eles vão tentar encontrar algum meio de perverter o sistema para colocá-lo a seu serviço.

Algo similar se passou com as ONGs, fomentadas pela ONU desde a distante década de 50. Quem poderia ser contra organizações que dependiam de financiamento privado e cuidavam de carências não atendidas pelos governos? Seria como combater quem serve sopa aos desvalidos no inverno.

Claro que isso já permitia que ricaços esquerdistas/globalistas bancassem adeptos de suas ideias sem sair das sombras, mas, apesar de ser mais adequado a eles, o sistema estava aberto para todos. Nada impedia alguém de criar uma ONG com outra filosofia e sair em busca de financiamento.

O grande salto da esquerda foi dado com o surgimento - ou a banalização, pois algumas devem ter sido assim desde o começo - da ONGdoG, a organização não governamental que depende de verbas governamentais. 

A primeira vantagem é que isso podia ser vendido como eficiência administrativa. Ao invés de aumentar o número de funcionários públicos e ser criticado por isso, o governo esquerdista passaria a formar parcerias com entidades que o ajudariam a cuidar da população mediante uma módica quantia de apoio.

A segunda vantagem é que o controle da ONG é mais difícil que o do órgão público. Abrigar companheiros sem renda no momento, desviar o foco do atendimento para a doutrinação, tudo se torna mais fácil na ONGdoG. E tudo continua sendo bancado pelo contribuinte, como manda o ideal esquerdista. 

Mais importante ainda é a terceira vantagem. Como as parcerias com as ONGs costumam ser de longo prazo, o esquerdista pode até perder a eleição que elas continuam recebendo dinheiro público. Quando a esquerda volta ao poder inventa mais algumas e o monstro vai crescendo aos pouquinhos.

Cresce aqui, cresce em outros países. Inclusive nos EUA, onde o DOGE Elon Musk conseguiu levantar o valor que o governo federal investiu em "programas sociais" (ONGs e similares) em anos recentes. Até para os padrões dele, é muito dinheiro: cerca de 300 bilhões de dólares por ano.

Para fins de comparação, a Open Society de George Soros investe cerca de 15 milhões de dólares anuais em ONGs e similares brasileiras. Mesmo considerando que a Fundação Ford e outras têm gastos equivalentes e o Brasil é só um pedaço do planeta, é provável que o governo americano seja o maior financiador desse pessoal.

Agora o problema do homem do foguete para Marte é que nem tudo é malandragem, algumas despesas devem se justificar. Aliás, a malandragem maior está justamente em saber que é trabalhoso separar o trigo e contar com isso para manter o joio intocado. Vamos ver como ele se sairá.

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