terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Percas e parcas

A cirurgia de emergência realizada na manhã desta terça foi bem sucedida. Como as dores na cabeça podiam ser uma decorrência da queda do banquinho, os médicos acharam melhor abrir para dar uma olhada, mas não encontraram nada de errado por ali - fisicamente falando, ideias não contam - e fecharam a mufa do sujeito de novo.

É verdade que a história é meio estranha. Normalmente se toma um Doril ou se procura um médico próximo, eu não conheço ninguém que tenha dor de cabeça em Brasília e tome um avião para se tratar em São Paulo. E se as coisas piorarem durante o voo? Até parece que tem algo escondido que só alguns escolhidos podem saber.

Quanto ao motivo das dores, talvez tudo tenha um fundo psicossomático. Nesse caso, a queda que está na origem do problema não seria a do banquinho, mas a do amigão torturador Assad, que na foto acima recebe a mais alta condecoração brasileira. Assad é sírio, ele correu para o Sírio-Libanês... pode ser, pode ser.

E Assad é só o mais recente. Apenas naquela região ele já perdeu o companheiro Gaddafi, o Caubi Peixoto dos ditadores, e pode perder os meninos do Hezbollah e até os aiatolás que tanto tentou ajudar. Perdeu também gente ainda mais próxima, quase da família como o papai Fidel e o irmão Chavez.

São muitas "percas", como ele gosta de dizer, muitos fios cortados pelas parcas de um lado e de outro, cada vez mais próximos, como se as sinistras donzelas estivessem avisando que em breve chegará a vez do seu. Esse tipo de pensamento deixa qualquer um angustiado, pode causar uma palpitação, uma dor de cabeça. Deve ser isso mesmo.

Ele não se emenda

Esse negócio de se achar o espertão que sempre vai enrolar os outros acaba virando um vício sem o qual o dependente não consegue viver. Veja o caso das emendas parlamentares. O malandro disse aos deputados que resolveria o assunto, mas mandou o Dino fincar posição e não resolver. 

Deve ter imaginado que os congressistas são ingênuos como seus eleitores ou fingiriam sê-lo como os militantes de redação que anunciam por aí que o avantajado ministro é independente e pode eventualmente tomar decisões que desagradem ao chefão. Não colou. Mais um possível motivo para a dor de cabeça.   


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