Cinco anos atrás, no final de 2019, duas tragédias começavam a se armar. No Brasil, o STF libertou aquele que havia sido condenado, com abundância de provas, como responsável pelo maior esquema de corrupção de nossa história. Na China, quem passou a circular entre o povo foi um vírus com grande potencial destrutivo.
A primeira tragédia estava anunciada. Desde que pessoas como FHC repentinamente pararam de buscar alguém para enfrentar Bolsonaro na próxima eleição - até Luciano Huck eles cogitaram na época -, deu para perceber que um plano maior havia sido articulado nos bastidores.
A segunda tragédia no afetou primeiro, mas parecia inicialmente distante. Proibir as pessoas de sair de casa e isolar cidades inteiras era coisa da exótica ditadura chinesa. Mesmo quando o problema chegou à Europa, o Faustão garantia que as pessoas podiam se aglomerar despreocupadas durante o Carnaval que Bolsonaro tentou cancelar.
Pois bastou o Carnaval terminar para o discurso mudar radicalmente. Todos tinham que ficar fechados em casa e quem se insurgia contra esse absurdo, como Bolsonaro ou o governo sueco, era "negacionista". Até buscar remédios alternativos era tratado como crime, todos precisavam esperar o desenvolvimento da sacrossanta vacina.
O resto da história é conhecido. Servindo de cobaia para um experimento de controle social de proporções inéditas, a humanidade pagou um preço incrivelmente alto para combater uma gripe que, embora não se tenha números precisos, provavelmente não foi mais mortal que os surtos de 57/58 e dos anos 60.
Pois agora está saindo o relatório da comissão do Congresso americano que analisou esse assunto. Uma de suas principais conclusões é que a hipótese de que o vírus tenha escapado de um laboratório onde foi desenvolvido propositalmente é mais provável que a de uma mutação natural.
O relatório também aponta os malefícios dos lockdowns, uma imbecilidade que só prosperou por aqui graças à intromissão do STF. 60% das empresas americanas fechadas na pandemia nunca mais reabriram. Os prejuízos para crianças e adolescentes impedidos de frequentar as escolas incluem até o aumento de tentativas de suicídio entre meninas.
A reportagem com mais detalhes sobre esse assunto está na Gazeta do Povo de hoje. Leia lá, pois creio que não falarão muito dele na maioria de nossos jornais. Se o fizerem, aposto que será destacando que a minoria democrata da comissão lançou um relatório alternativo que contesta vários pontos do oficial.
Pelo que deu para entender, nada de muito importante foi contestado. Trata-se apenas da briga para cada lado dizer que o seu presidente foi o que melhor enfrentou o problema. Mas a nossa grande imprensa venderá isso a seu modo e a simples existência da disputa revela como a epidemia se tornou uma questão política.
Nós sabemos disso melhor que os americanos, sem a covid e o uso que fizeram dela é muito provável que Bolsonaro tivesse sido reeleito com folga. Como não foi, pagamos duplamente, com a tragédia do vírus e a do descondenado, uma em cima da outra. Não foi por acaso que os dois saíram às ruas ao mesmo tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário