É uma grande derrota para os terroristas do Hezbollah e seus padrinhos iranianos, inimigos jurados de Israel e do Ocidente (o que pode incluir, se for o acaso, qualquer um de nós). Mas é preciso saber como a coisa vai ficar antes de comemorar demais, pois naquela região nunca se sabe o que pode acontecer.
Uma grande possibilidade é que os vencedores de agora comecem a brigar entre si e o país se afunde numa guerra interna sem fim, talvez até se fragmente em países menores e teoricamente mais inofensivos para os vizinhos.
Dizem que até a Turquia, vizinha do norte, aposta nesta "solução" que pode ser bonita em termos estratégicos, mas é terrível para quem vive por lá e deve gerar um aumento de refugiados que continuarão preferindo tentar a sorte na Europa. Mais água para o moinho da "ultradireita" europeia.
Quem também sai derrotada é a Rússia, que sempre apoiou Assad e mantém bases militares na Síria. Mas não é impossível que já exista um acordo em que sua perda será compensada pelo fim da guerra da Ucrânia com o domínio das áreas que lhe interessam.
Além disso, nem os russos devem querer um Irã fortalecido e prestes a desenvolver sua bomba atômica. Hoje os aiatolás podem ser amiguinhos de Moscou, amanhã tudo pode virar. Nunca se pode ter certeza de nada naquela região.
Notre Dame
Se Macron não estivesse agora por baixo, seria uma grande vitória de seu governo. Até Trump e Musk compareceram à cerimônia de reabertura da histórica e simbólica catedral, recuperada depois de apenas cinco anos.
Entre os ausentes destacou-se o papa, uma figura sempre preocupada com a baixa política que dispensa comentários. Janja, felizmente, também não quis aparecer.
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