quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Eles não vão aprender

Em artigo na Folha de hoje, Tia Lúcia reconhece que o "jornalismo" do qual ela se orgulha de fazer parte já não convence três quartos dos americanos e comenta um estudo ("de Harvard") segundo o qual seus coleguinhas deviam se mirar nesse pessoal que bate suas audiências em canais do Youtube.

Mas sua modéstia não vai além disso. Logo ela culpa a maldade da extrema direita pela desmoralização do "jornalismo", diz que este é o único que segue regras rígidas de apuração imparcial dos fatos e todo o resto daquela conversa fiada que todos conhecemos. 

Titia só esquece que a internet não permite apenas apresentar fatos, mas também confirmá-los. Isso não é exclusividade da turma do Youtube, uma jornalista como a Paula Schmitt costuma incluir links em matérias que escreve, mas a regra é outra.

Quando alguém diz, por exemplo, que o país X proibiu a vacina Y e isso pode ser verificado no site oficial Z, basta você clicar para confirmar a veracidade da informação. No "jornalismo" de Tia Lúcia, ao contrário, você costumeiramente tem que acreditar na fonte que permanece secreta (e talvez não exista) ou no especialista escolhido a dedo.

Outro problema é que a eventual desmoralização de um influencer não afeta o meio pelo qual ele se manifesta, ninguém deixa de acreditar na rede social porque alguém inventou algo lá. Mas a mentira do "jornalista" pesa contra o jornal que o contratou. 

Essa mentira pode ser desmascarada com certa facilidade pela internet e esse peso vai se acumulando com o tempo. Ninguém deixou de acreditar piamente na Globo ou na Folha de uma hora para outra, a coisa foi gradual. O "jornalismo" de Tia Lúcia colhe o que insistiu (e insiste) em plantar.

Caiu

Até na queda, aquela que o Ronaldinho dos Negócios chama de "puta" estava junto. Ele caiu também no banheiro. Ela só na aprovação popular, que, segundo uma dessas pesquisas que sempre erram a favor da esquerda, estaria em torno de 22%. 

Não há surpresa nisso, era óbvio que fazer o papel de deslumbrada gastadeira acabaria pegando mal quando ela fosse mais conhecida e os resultados da incompetência do desgoverno não pudessem mais ser pedalados com facilidade. 

A questão é saber quem ainda simpatiza com tão abjeta criatura. Os 20% de idiotas que sempre aparecem? Os totalmente desinformados? Os petistas cegos pelo fanatismo? Muitos desses, certamente, mas também há públicos específicos.

Numa antiga entrevista, uma cafetina dizia saber que a menina dava mesmo para a coisa quando gostava de "luxar". Essas profissionais devem ter a primeira-companheira como um exemplo de sucesso. O Ronaldinho tem mesmo visão do jogo.

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