Enquanto o Brasil afunda na mediocridade, há países afundando de verdade. Pequenos países insulares como Vanuatu, com 12 mil Km² e menos de 300 mil habitantes, que pode simplesmente acabar debaixo d'água se o nível do mar continuar a subir na sua região como nos últimos anos.
Preocupados que sua nação, fundada em 1980, não dure mais que algumas décadas, os vanuatenses decidiram tomar providências. Não como a Holanda, que enfrentou e venceu problema semelhante com diques e dragagens, mas ao estilo do local onde surgiu o culto à carga, querendo que o resto do mundo lhes traga a solução.
Foi assim que, associados a outros países e estimulados por bondosas organizações internacionais, eles conseguiram levar seu caso à Corte Internacional de Justiça (CIJ), mais alta instância jurídica da ONU, que começará a ouvir depoimentos de envolvidos e interessados (entre eles o Brasil) nos próximos dias.
A queixa é simples: considerando que Vanuatu está afundando por culpa do aquecimento global (1) e este é causado pelo ser humano (2), o direito internacional deve exigir que os Estados garantam a proteção do clima e do meio ambiente contra as emissões humanas de gases do efeito estufa (3)?
(1) e (2) nem se discute na ONU, você será jogado pela janela se tentar. O seu tribunal, cuja composição podemos imaginar, se concentrará em dar uma resposta para (3), determinando se os países devem ou não seguir normas internacionais de "proteção do clima e do meio ambiente".
Trata-se, enfim, de mais uma jogada da esquerda globalista para controlar as sociedades a partir de um sistema jurídico por ela dominado. Até mesmo porque, passando esse primeiro boi, o resto da boiada lógica incluiria o direito do mesmo tribunal definir as normas internacionais adequadas, governando o mundo ao estilo STF.
Se o boi passar, governantes como Trump e Milei poderiam se retirar do Acordo de Paris, mas ainda estariam obrigados a seguir as regras da ONU a respeito do clima. E capachos globalistas como Lule teriam mais um motivo para subordinar seus países a interesses estranhos.
Talvez não passe porque até defensores do Acordo de Paris do porte de França e Alemanha estão contra a nova obrigação e a maioria das nações simplesmente não a cumpriria. Mas também é possível que eles tenham calculado que oferecer aos capachos a desculpa de estar seguindo a CIJ já permitira dar mais uma volta no parafuso globalista.
Eram os deuses pilotos
Tem até filme antigo sobre isso. Durante a Segunda Guerra Mundial, pilotos aliados jogaram garrafas vazias de Coca-Cola sobre as ilhotas que compõem Vanuatu. E nativos que viram esses objetos desconhecidos e maravilhosos caindo do céu convenceram os demais de que aquilo era uma dádiva dos deuses.
Com mais garrafas vazias e peças de aviões sendo encontradas nos meses e anos seguintes, o chamado culto à carga se desenvolveu com a criação de John Frum, uma criatura mítica que hoje dá nome a uma religião e a um partido político de Vanuatu.
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