Aclamado imperador em 20 de novembro de 284, Diocleciano dividiu o Império em duas partes, cada qual governada por um Augusto - ele em Bizâncio e Maximiano em Roma. Cada Augusto era auxiliado por um César, responsável pelas regiões mais distantes, motivo pelo qual esse modelo foi chamado de Tetrarquia.
Adepto da antiga religião, Diocleciano foi duro com os cristãos. Mas, além de ter reorganizado administrativa e financeiramente o Império, foi o único imperador a abdicar voluntariamente, aposentando-se em 305.
Constantino tomou o poder no ano seguinte e manteve a boa administração e a capital do ilustre antecessor, governando a partir de uma cidadela administrativa cujo nome acabou estendido à cidade: Constantinopla. Ao contrário de Diocleciano, porém, reunificou o Império e concedeu liberdade de culto aos cristãos em 313.
Nas décadas seguintes, com cada vez mais tribos germânicas vivendo dentro das fronteiras imperiais, tudo ficou instável. O povo se dividiu entre o cristianismo e os antigos deuses. E seguiram-se separações e reunificações das duas parte do Império.
Teodósio deu o formato definitivo às duas questões. Em 380 ele transformou o cristianismo em religião oficial e colocou os deuses pagãos na ilegalidade. E embora tenha reunificado o Império, dividiu-o mais uma vez em Oriente e Ocidente pouco antes de morrer, em 395.
Cada metade foi deixada a um de seus filhos e seus tutores. Mas a ocidental não durou muito tempo. O visigodo Alarico invadiu e saqueou Roma em 410. E a partir daí o Império Romano do Ocidente arrastou-se cambaleante até que Odoacro derrubou o jovem imperador Rômulo Augústulo em 476.
De Rômulo a Rômulo. Depois veio a Idade Média.
20 de novembro, data de aclamação do Diocleciano, foi ontem. Mas como não tinha nada que parecesse mais interessante em 21 de novembro... E por alguns dias estaremos publicando textos pré-programados como esse. Mas estamos no ar e podemos voltar a qualquer instante.
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