segunda-feira, 28 de outubro de 2024

A eleição vem aí

 Existe um teste simples para saber se a história do PCC ter mandado votar em Boulos é ou não verdadeira. Como há criminosos presos que podem votar em seções exclusivas, montadas nos próprios presídios, basta ver o percentual de votos que o playboy invasor obterá entre esse público.

Se ele tiver por volta de seus 40% de votos válidos, podemos supor que não houve ordem alguma e Tarcísio recebeu uma informação falsa. Se chegar aos 60% nós já podemos ficar desconfiados. E se seguir seu padrinho e conseguir mais de 80% dos votos dos parças, podemos ter certeza de que alguém os mandou votarem assim.

Ninguém venceu

Dos 9.322.444 eleitores paulistanos, 2.940.360 (31,5%) nem apareceram para votar. Muitos devem ser maiores de 70 ou menores de 18 e só votam se quiserem, outros devem ter motivos que os impediram de comparecer, mas a maioria deve ter escolhido ficar em casa e pagar a multa irrisória.

Além disso, dos que compareceram as seções, 665.073 (7,1% do total) anularam o voto ou votaram em branco. Assim, o candidato Ninguém obteve 3.605.433 votos. Nunes ficou em segundo lugar com 3.393.110 e Boulos em terceiro com 2.323.901.

Derrota de Pirro

Bolsonaro foi quem mais perdeu no segundo turno, diz, em desespero, a parcela mais servil da nossa imprensa. A lógica do argumento é que o seu PL disputou o segundo turno em muitas cidades e perdeu na maioria delas.

Mas em geral a derrota foi para outro candidato de direita (ou próximo desta) e a vitória no primeiro turno foi acachapante. Quem realmente perdeu foi o Molusco, que desabou no início e inventou até queda de banquinho para não ter que se associar abertamente a vergonhas contratadas como Boulos e Maria do Rosário no segundo turno.

O truque aqui consiste em deixar de falar do expre, como se a obrigação de obter um bom resultado não fosse do presidente, mas da oposição. É como se os jornalistes fossem torcedores do time eliminado na primeira fase e se dedicassem a criticar quem perdeu a final da Copa do Brasil. Quer dizer, nem isso é, mas é parecido.

Em oito dias, a eleição que interessa

Não é só no Brasil. Ontem, até Melania Trump, que normalmente se mantém distante da campanha, discursou no evento promovido pelo marido no famoso Madison Square Garden. Coisas normais em uma eleição, mas experimente ver como tudo foi noticiado pelos jornalistes de lá.

Segundo essa gente, tudo foi uma junção de piadas de péssimo gosto, agressões verbais e ameaças de morte contra adversários e imigrantes, um verdadeiro show de horrores. Para culminar, eles insinuam que Trump é nazista porque - acredite! - os nazistas americanos fizeram uma convenção no mesmo local em 1939.

Se fosse pelo que aconteceu no ginásio, seria mais fácil dizer que ele é jogador de basquete ou cantor. Mas não tente brincar com esse assunto. Eu fui elogiar a qualidade e a honestidade do jornalismo praticado por Tia Lúcia, uma das que estabeleceu o link com o nazismo, e ela me bloqueou.

E isso que eu nem falei que ela devia saber o que estava dizendo porque já vivia em Nova York em 1939.

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