O pessoal da comunidade vivia tranquilo, com as portas abertas e as crianças brincando na rua, aparece uma organização criminosa que toca o terror entre os moradores, e depois ela tenta tomar a comunidade vizinha. Agora o enredo se repete, com a diferença de que se passa na Comunidade Europeia.
Aproveitando-se das leis extremamente liberais para produzir drogas sintéticas que são exportadas para o mundo enquanto importam maconha e cocaína que redistribuem pelos países vizinhos, as gangs holandesas criadas nos anos 90 já levaram alguns jornalistas a falar em mexicanização do país.
Não só do país. A comunidade vizinha dessa história é a próspera Alemanha, que tem seus próprios grupos criminosos, mas se mostra cada vez mais afetada pelos holandeses cujos métodos violentos incluem assassinatos de jornalistas à luz do dia, câmaras de tortura e o uso de cabeças decepadas para deixar recados.
Membros de gangs locais torturados por dívidas de drogas, explosões em ruas de comércio popular em aparente luta por território, explosões em caixas eletrônicos durante tentativas de roubo. Tudo isso tem acontecido em estados alemães que fazem fronteira com a Holanda e é atribuído à bandidagem vinda de lá.
Na verdade, importada da África. A chamada Mocro Máfia ganhou esse nome por ser formada por pessoas de origem marroquina, que em décadas recentes se instalaram na Holanda em grande quantidade - nas Copas de 2018 e 2022, por exemplo, cerca de metade da equipe do Marrocos havia nascido no país dos moinhos.
Naturalmente, as gangs marroquinas não estão sozinhas. A Europol reconhece existirem 821 redes criminosas com um total de 25 mil membros em atuação no continente. Mas a Mocro Máfia é a mais violenta e as autoridades policiais da Alemanha alertam que serão necessários mais recursos e ações para impedir sua expansão.
Na grande imprensa e no governo, contudo, a prioridade é outra. Dominado por visões de esquerda, esse pessoal ressalta que a maioria dos imigrantes trabalha honestamente e receia que a preocupação com grupos como a Mocro Máfia se transforme em preconceito e ódio aos estrangeiros em geral.
Depois a Nina Lemos não entende porque a AfD cresce na Alemanha. Na própria Holanda, o "ultradireitista" Geert Wilders já venceu a eleição do ano passado com uma plataforma que horrorizou a esquerda europeia, abertamente anti-Islã e anti-imigração.
Wilders não assumiu o governo porque os demais se coligaram no parlamento contra seu Partido da Liberdade. Mas parece ser apenas questão de tempo para que isso também se altere.
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