quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Viagens nazistas

Agora é definitivo. Um tribunal da Alemanha considerou que não havia como ela não saber o que estava acontecendo, conforme alegava, e confirmou a condenação de Irmgard Furchner, de 99 anos, que trabalhou como datilógrafa em um campo de concentração entre os 18 e os 19.

A pena é que foi meio fraquinha para nossos padrões alexandrinos, apenas dois anos de prisão com direito a sursis. Nem tornozeleira eletrônica a obrigaram a usar! Se vacilarem ela segue o caminho de muitos de seus comparsas nazistas e foge para a Argentina, onde o governo ultradireitista certamente lhe daria abrigo.

Esses caras não parecem ter muita experiência em condenar idosas que ameaçam as liberdades democráticas. Ou talvez tenham concluído que dona Irmgard não chegou a participar de algo realmente grave como, por exemplo, invadir um prédio e escrever com batom em uma estátua.

Nazi na NASA

Como muitos aqui, eu ouvi falar de Wernher Von Braun como o herói que permitiu que o homem chegasse à Lua. O nome era alemão, mas muitos americanos são descendentes de alemães, nada demais. Só depois fiquei sabendo que ele tinha criado os V2 que aterrorizaram Londres durante a guerra.

Não foi só comigo. Muito bem feito, um recente documentário do History mostra como governo e imprensa americanos se combinaram para não mencionar o passado nazista do herói nacional que chegou a ser carregado nos ombros pela multidão da pequena cidade em que residia no Arizona.

Moral da história: melhor fazer foguetes do que estudar datilografia. Pensamento adicional para os datilógrafos da imprensa naziesquerdista, que detestam a liberdade de expressão e hoje atacam o Elon Musk: ele faz foguetes.

Olha a faca!

Anos atrás, eu comprei uma espingarda de chumbinho para meus filhos. Ela estava exposta abertamente na loja e foi vendida com nota fiscal, mas o vendedor me orientou a escondê-la até chegar ao estacionamento para não ter problemas. E lá fui eu pela rua como aqueles caras que entram no banco com a carabina do lado da perna.

É mais ou menos assim que a coisa deve ficar, também na Alemanha, se aprovarem uma lei que limita o porte de armas brancas. A posse continuaria liberada, você escolheria a faca na loja e poderia usá-la normalmente em casa. Mas teria que torcer para a polícia não lhe parar entre um ponto e outro.

Porém a própria polícia reconhece que seria difícil implementar a nova lei. A preocupação dos seus representantes é que o aumento de ataques à faca não seja associado aos imigrantes islâmicos. As estatísticas indicam isso, mas eles dizem que é só uma coincidência. Como dona Irmgard, não conseguem ligar uma coisa à outra.



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