Ao saber que o juiz australiano tinha tirado uma foto com um atleta e o técnico da equipe de surfe do seu país, a Associação Internacional de Surfe o afastou por conduta indevida. Assim que se faz, se não cortar essas coisas na origem daqui a pouco o juiz está se reunindo com os caras e gritando, com orgulho, "nós derrotamos o Medina".
Se bem que dificilmente o afastado chegaria a tanto. A admissão de desonestidade pegaria mal entre os próprios australianos, povo que, com uma média nacional de 99 pontos, ocupa um honroso 16° lugar e tem direito a ganhar medalha no campeonato internacional de QI.
Juiz confessar que colaborou para a vitória de um dos contendores sem que não o retirem imediatamente do cargo e a competição que ele arbitrou não seja anulada só em países que estão muito mal nesse ranking, ocupando, por exemplo, a 68ª posição com um QI médio de 83 pontos.
Não que não tenha país em pior situação. Em 92° lugar, com um QI médio de 75, Bangladesh é um deles. E o Butão, com toda aquela felicidade, nem entrou na lista dos 120 países analisados. Em lugares como esses um juiz poderia defender um sistema sujeito a fraudes indetectáveis e se dar bem, mas na Austrália seria difícil.
O coitado do australiano não poderia nem contar com a ajuda de notícias inventadas por jornalistas amigos e/ou vendidos. A OCDE mediu a capacidade de cada povo identificar as chamadas fake news e os australianos levaram a medalha de ouro, desmascarando as mentiras em 90% dos casos.
A média geral é menor, girando em torno de 60%. E entre as "linguagens" da mentira, a sátira foi a mais facilmente identificada, com 71%. Mas naquele país tropical abençoado por Deus que ficou em último lugar entre os 21 analisados esses números são, respectivamente, 54% e 57%.
Nesse lanterninha, a imprensa explica meme. E mente e deturpa o quanto pode. Ontem mesmo, ao "informar" como funcionavam as atas das eleições venezuelanas, um dos jornais de lá, um que se pretende global, esqueceu de contar que elas são confiáveis porque são comparadas com o voto impresso na própria seção eleitoral.
Juntando tudo, apareceu um juiz que declara ter lado para dizer que, já que a fraude é provada pelo voto impresso, basta retirá-lo da jogada para ninguém poder reclamar de fraude e tudo transcorrer em paz. Como foi dito acima, esse raciocínio faz sucesso entre os manés do Butão e de Bangladesh.
Mas é aquele negócio, o dia começa lá pelos lados da Austrália. Mais um pouquinho e o sol chega a países como Butão e Bangladesh. Com sorte, acaba iluminando também aquele outro onde não entendem sátira.
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