Criado pela australiana Sall Grover, Giggle for Girls é um aplicativo em que mulheres podem compartilhar experiências sem a presença de homens. Para fazer parte do grupo basta provar que é mulher, enviando uma selfie que é avaliada por um software projetado para reconhecer e excluir homens.
Os marmanjos eventualmente interessados em saber o que elas fofocam entre si não devem ter dificuldade para burlar essa barreira criando um perfil falso e enviando a foto de uma conhecida. Mas tudo funcionava sem reclamações até o sistema bloquear Roxanne Tickle.
Bloqueou bem, pois a figura não era Roxanne e tinha um tickle. Considerava-se mulher, mas ainda não inventaram um software que lê pensamentos. Excluído/a, Roxanne entrou na justiça pedindo uma indenização de 700 mil reais (200 mil dólares australianos) e levou 5% disso ao ganhar a causa.
Grover, que criou o espaço para troca de confidências após sua experiência como roteirista em Hollywood, é o que os woke agora chamam de "feminista radical transexcludente" (TERF) e não aceitou a decisão, qualificando-a de absurda e anunciando que recorrerá ao Supremo Tribunal da Austrália.
Nem imagino como deve ser o Supremo de lá. Mas se ela tem direito a criar um espaço que exclui um dos dois sexos - e tem, pois sexo não é cor e a separação é normal em ambientes públicos como banheiros -, mesmo quem acredita que existam vários sexos deveria lhe dar o direito de excluir mais deles.
Além disso, qualquer pessoa sabe que um software que se baseia na análise de características faciais funcionaria como funcionou o dela. Sabendo que cedo ou tarde seria bloqueado/a, "Roxanne" agiu de má-fé. Deveria receber uma multa e ainda pegar dois anos quebrando pedra com marreta no deserto australiano.
Olha a faca (2)
Falamos do assunto anteontem e aconteceu de novo ontem à noite. Durante um festival que comemorava o aniversário da cidade de Solingen, no oeste da Alemanha, um homem atacou pessoas a esmo com uma faca. Mirando seus pescoços, matou três delas e deixou cinco em estado grave.
Manifestando-se hoje, as autoridades se recusaram a comentar as notícias de que o agressor teria gritado palavras em árabe, mas ressaltaram o perigo do porte de facas e a necessidade de proibi-lo. Esse negócio das facas saírem por aí matando gente está realmente demais.
Gegê
Há exatos 70 anos, o presidente do país suicidou-se em pleno exercício do cargo. Outros tempos.
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