De repente, depois de anos levando terror às fronteiras das redações brasileiras, os blogueiros sumiram da nossa mídia. Da Folha ao Estadão, da GloboNews ao Jornal Nacional, ninguém mais fala deles. Rodrigo Constantino se tornou jornalista, Paulo Figueiredo apresentador de TV, e assim por diante.
Já tinha acontecido com o "golpe" do 8/1, que virou "ato de caráter antidemocrático" ou coisa parecida. Mas aquela havia sido uma mudança gradual, com termos e tempos próprios em cada veículo. Agora não, todos mudaram abruptamente, como se tivessem recebido uma ordem superior.
Quem a deu? Quem aciona esse interruptor (ou esse fusível, para deixar a Canhotêde contente)? Existe um comando central? Ele está aqui ou em Washington? Numa nave reptiliana? Da ação do Verdevaldo à reação do Xandão, já estava tudo nos planos? São todos atores cumprindo seus papéis?
São perguntas sem resposta, que nos levam a pensar que talvez sejamos apenas os ratinhos de um grande experimento de laboratório. Mas também é possível levantar hipóteses em que a coisa não é assim tão séria.
Numa delas, um mandão da Folha teria recebido as informações do Verdevaldo e avisado aos mandões das outras que não podia deixar de publicá-las. Nessas conversas, chocados com as revelações e a possibilidade de terem cometido alguma injustiça, eles teriam decidido tratar os investigado pelo Moraes com mais respeito.
É, não parece muito crível. É mais aceitável aquela de que eles apostaram que bastaria bater mais um pouco para destruir o "bolsonarismo" e foram medindo a reação do público. Se não desse certo, em algum momento eles girariam a chave para tentar reconquistar o respeito que estavam perdendo e voltar a influenciar o pessoal de outro modo mais à frente.
Nesse caso, nada melhor que iniciar o plano B atacando um vilão que personalize os abusos do regime. O discurso muda para "nós apoiamos porque existiram mesmo intenções golpistas, mas não podemos aceitar que..." E a nova aposta é que o pessoal vai esquecer o que eles fizeram e voltar a assisti-los como antes.
Não estão totalmente errados, ontem mesmo circulavam vídeos de globais apontados como exemplo. A gente aceita o apoio apesar do cinismo porque é melhor ter aliados que inimigos. E muitos esquecem realmente.
Quanto ao fim do blogueiro, voltar a tratar os bolsonaristas com respeito sempre fez parte do pano B ou foi decidido quando eles perceberam que a turma estava começando a dar o troco nas redes, chamando seus jornalistas de blogueiros. Nós fizemos isso aqui, muitos outros fizeram, e ninguém precisou receber ordens de uma central maligna. Com eles, que são poucos e conectados, seria ainda mais fácil.
Ou será que esse é só um raciocínio defensivo que eu desenvolvi porque não quero nem pensar na apavorante possibilidade dos reptilianos estarem no controle de tudo? O que você acha? Deixe sua opinião aqui no blog. Ou melhor, neste veículo informativo e opinativo de cunho jornalístico. A era dos blogueiros acabou.
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