Tirada em Cuba e contando com boa parte da turma do Foro de SP, esta foto diz mais que mil palavras. Eles estão todos alegres, felizes, leves. Estão em família, estão em casa, são irmãos que vivem em cidades diferentes, distantes uns dos outros, que se reuniram durante uma visita ao titio que sucedeu ao papai.
O representante da mais longeva e assassina ditadura das Américas, o responsável pela criação daquele que pode ser o maior esquema de corrupção política e desvio organizado de dinheiro público que o mundo já viu, Breno Altman, Stédile, Boulos, Maduro, Evo, Ortega, estão todos ali.
Todos defendem os mesmo valores, se é que se pode usar este nome. Censura, ditadura, "o terror do Estado contra os adversários" do Altman, incompetência econômica. E muito dinheiro para os seus, afinal eles são a vanguarda que deve viver bem para que um dia, no futuro que nunca chega, os agora deserdados vivam também.
Todos se dizem democratas, o fingimento faz parte da tática do Foro depois que aquele negócio de guerrilha se mostrou superado. Promovem eleições, desde que manipuláveis pela inabilitação de adversários, ausência de voto auditável ou outros meios. Até em Cuba tem eleição, que eles vencem com 99% dos votos.
Há chance de um irmão acusar o outro de ter fraudado uma eleição? As pessoas mudam, conhecemos casos de quem criticava um ladrão e hoje lambe seus pés na mais abjeta servidão. Mas eles são irmãos e a fraude eleitoral está na papinha que mamãe lhes deu, quase no seu DNA. Lhes é dolorido ter que fingir a dor que sentem.
Primos
Quem não tem nenhum problema para fingir são os que se juntam aos irmãozinhos ocasionalmente, de acordo com seus interesses momentâneos. Esses primos ora se apresentam como parte da família, ora a criticam como se não a conhecessem bem e nada tivessem a ver com ela.
No topo de O Globo de hoje, dois deles, Merval Pereira e Pedro Doria, batem na mesma tecla: a atitude em relação a Maduro definirá quem é e quem não é democrata na esquerda. Como se eles não soubessem. E como se gente como eles, que apoia censura e perseguições políticas, pudesse ser juiz da democracia de outrem.
No canal a cabo do grupo, o blogueiro Valdo Cruz vai mais longe e diz que Maduro deixou de ser de esquerda. Em seu raciocínio show da Xuxa - esquerda é o bem e direita o mal -, se não dá mais para disfarçar que a Venezuela é uma ditadura basta dizer que ela se tornou de direita e tocar o barco.
São veículos para públicos distintos. Embora o histórico recente torne isto difícil, o jornal ainda tenta mostrar seriedade. Valdo está falando para os mil velhinhos que assistem seu programa (parte dos 20 mil diários da emissora), que podem ter um choque fatal se descobrirem que a esquerda não é o que pensaram a vida toda.
Na verdade são 800 velhinhos. Os outros 200 assistem a blogueiragem da GN para ter o que criticar no X ou no Youtube. O fingidor Valdo sabe disso e já "causa" para mostrar aos patrões que tem alguma influência nas redes sociais. Finge tão completamente que talvez finja pensar o que deveras pensa.
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