Lançada originalmente contra o prefeito que os expulsou de um vilarejo da Moldávia no século 13, a maldição eleitoral dos ciganos garante que sua vítima nunca mais se reelegerá e se transmite através de um amuleto que deve ser carregado por um casal formado por um ladrão e uma "mulher de má fama".
O destino desse amuleto é objeto de controvérsias, no século 18 julgaram-no perdido para sempre, mas relatos posteriores asseguram que ele fazia parte da lista de bens de um búlgaro que emigrou para a América do Sul depois da última guerra. Com isso, só faltava reunir os portadores para completar a magia.
Joe Biden não deu atenção aos alertas de Susan (a mulher trans que o assessora nesses assuntos) e desafiou a maldição, recebendo amistosamente um casal que se encaixava na sua descrição. Pouco depois, em um debate televisivo, apanhou do adversário com ar apalermado e foi abandonado pelos próprios correligionários.
Emmanuel Macron fez pior. Com sua sexualidade fluida, entrou no mato de mãos dadas com o ladrão e meteu a mão na mulher na hora dos abraços protocolares. O castigo não demorou. Arrogante, convocou eleições fora de hora para destruir a direita e a esquerda assumidas, mas acabou humilhado por ambas.
Dizem que sua estratégia tinha duas pontas. Se o seu centrão vencesse, ele sairia por cima e desmoralizaria a direita que acabava de vencer as eleições para a UE. Se a direita fizesse maioria teria que indicar o primeiro-ministro e se desgastaria ao exercer o poder. Mas deu tudo errado.
A direita não obteve a maioria, mas chegou muito perto disso, conquistando uma bancada que se transformará numa oposição que Macron nunca antes enfrentou. E para indicar o primeiro-ministro ele terá que se aliar aos alucinados da extrema esquerda e adotar algumas de suas políticas.
É, amigos, a gente não deve zombar dessas coisas. Quanto ao amuleto cigano, nem mesmo uma especialista como Susan sabe ao certo como ele é. Assim, na dúvida, evite qualquer envolvimento com o casal, viu um ladrão e uma mulher de má fama afaste-se o quanto antes. Melhor prevenir do que remediar.
Números oficiais da França
Reagrupamento Nacional (RN), direita - 33,15% Nova Frente Popular (NFP), esquerda - 27,99% Centrão Macron - 20,04%. Republicanos (LR) e aliados, "direita clássica" - 10,23% Deputados já eleitos de um total de 577: 37 RN, 32 NFP, dois macronistas e três da outra direita. Os demais disputam um segundo turno.
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