Demagogos

Qual foi o maior presente que a plutocracia brasileira recebeu até hoje? A briga é boa, mas nada se compara ao "pagamento da dívida externa" realizado pelo pai dos pobres em 2005. Pagávamos 4% de juros ao FMI e passamos a pagar 19% sobre os títulos de dívida interna emitidos para não dever auzestrangeru e adquiridos por nossos bancos.

De volta ao poder, o sindicalista picareta volta a exercer a habilidade que o fez subir na vida: agradar ao patrão enquanto grita que está defendendo a classe. Libertou o Brasil da dívida externa antes, agora quer aumentar impostos e gastar sem freios para melhor atender aos desvalidos.

Mas além do pescoço de frango, que foi promovido a picanha, só quem melhorou foram os banqueiros que riem de orelha a orelha a cada nova medida idiota ou discurso destrambelhado do seu pupilo. O demagogo tem toda a razão quando diz que não precisa lhes dar explicações. Por que eles as cobrariam?

A propósito, qual foi o maior prejuízo que nossos banqueiros já tomaram? Certo, eles nunca ficam no prejuízo, mas você, que pagava para passar uns trocados de sua conta para outra, entendeu e sabe a resposta: foi o PIX. Mas eles garantem que nem sentiram a perda daqueles bilhões, só não apoiaram Bolsonaro para salvar a democracia.

Boca livre

Bastou bater o olho nas moças que pegaram o avião da FAB para ver um jogo em São Paulo para entender o que acontecia. Os gritos, as risadas, todo mundo que já andou um pouco pela noite conhece aqueles grupinhos de vagabas que tentam descolar uma carona ou arrumar grana para o táxi-Uber quando o boteco está fechando.

O sindicalista leva os companheiros, a ministra que ganhou o cargo do nada e cujo ministério só serve para fazer demagogia levou as amigas. E levou ainda o clima de boteco, com a vantagem de que as despesas e o táxi agora são por conta, basta descobrir onde tem festa e rumar para lá.

Dessa maneira, não foi surpresa saber o nome do ministério que enviou a maior delegação ao Gilmarpalooza. Portugal! Europa! Tudo de grátis! É capaz da ministra e suas assessoras ainda arrumarem um motivo para visitar outros países da região. A ministra, você sabe, é aquela, irmã daquela... como era mesmo o nome?

Treta das meias

Mas a verdade é que a demagogia só prospera quando há muita gente gente disposta a agir como parte de um grupo que deve pensar e agir em conjunto. E para você ver que existe quem curta esse gadismo, o Ex-tadão informa que a "geração Z" e os "millennials" estão em pé de guerra por causa do que os cobre.

Um dos grupos defende o uso de meias que deixam o tornozelo de fora e outros as prefere mais compridas. Até aí tudo bem, mas o detalhe é que os envolvidos só se diferenciam pela idade e dão enorme importância a isso, como se quem nasceu no ano x devesse ter um gosto e quem nasceu pouco depois fosse obrigado a ter outro.

Enfim, outra "treta", como diz a rapeize do MBL.