Aumentou, mas diminuiu. A população da Alemanha passou de 80,2 milhões de pessoas em 2011 para 82,7 milhões em 2022. Mas a população de cidadãos alemães diminuiu de 74,0 para 71,8 no mesmo período, enquanto a de estrangeiros residentes no país foi de 6,2 para 10,9 milhões.
Além disso, entre os que são oficialmente alemães, 7,2 milhões nasceram em outro país e ganharam cidadania depois. Assim, embora exista diferença entre quem está lá de passagem e quem se tornou alemão, o país atualmente atualmente abriga 18,1 milhões de nascidos em outro país. E apenas 64,6 milhões de nascidos na Alemanha.
Considerando a mesma proporção de naturalizados, os alemães "da gema" constituíam 87% da população do país em 2011 e hoje estão reduzidos a 78% do total. A guerra da Ucrânia foi um fenômeno isolado que ajudou a aumentar o número de estrangeiros, mas a tendência já existia e a mudança é brutal.
22% de pessoas nascidas em outro país. Mais um pouquinho é 25%. Imagine que a cada quatro casas da sua rua e da sua cidade uma é habitada por estrangeiros. Para nós que somos um país de imigrantes e mais abertos a todas as influências isso já seria meio chocante, calcule na Europa.
E é uma em cada quatro hoje. Se tudo continuar como está, em breve deve ser uma em cada três, ainda mais se você considerar que os que chegaram no passado vão tendo filhos que são alemães, mas tem um pé no estrangeiro. Mesmo que grande parte desse pessoal seja gente boa e se adapte ao país este se altera, vira outra coisa.
Dá para entender as tensões que tudo isso causa, principalmente quando se pensa no futuro.
França
Hoje tem eleição na França e a imigração desenfreada é um dos temas que divide o eleitorado e pode ajudar a direita nacionalista (a "ultradireita" da imprensa esquerdista, que um idiota como o Jamil Chade compara ao nazismo) a chegar ao poder.
Não sei os números exatos do país, peguei os da Alemanha porque os publicaram esses dias, mas certamente não são muito diferentes. E há um problema adicional por lá, pois muitos de seus imigrantes vêm de antigas colônias francesas e se sentem com direito a algum tipo de reparação pelo que aconteceu no passado.
É outra a bomba a desarmar. Ou prestes a explodir, sei lá.
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