Cinco meses seguidos dá no máximo 153 dias, falta um para completar 22 semanas. Dei uma pesquisada rápida ontem à noite e há vários casos de prematuros que nasceram com cinco meses e sobreviveram, um deles, que bateu o recorde no Alabama em 2020, com apenas 21 semanas de gestação. Imagine com 23, 24 e daí pra frente.
Essa é a questão fundamental do atual PL. A maioria dos países que permite de alguma maneira o aborto estabelece prazos máximos (Alemanha 12 semanas, Suécia 18, por exemplo) e as 22 semanas representam uma espécie de limite que não foi escolhido aleatoriamente pelo CFM.
Hoje a Folha noticia com ar vitorioso o caso de uma moça que teria tido problemas para fazer valer o seu direito de estuprada, mas afinal abortou com 31 semanas de gestação! Caramba, se esperou tudo isso deixa a criança nascer e dá para adoção, algo que provavelmente seria até menos traumático física e psicologicamente para a mãe.
O PL pode estar equivocado ao não proteger adequadamente a mulher que não aborta no prazo por motivos de força maior como sequestro ou descoberta tardia de risco para a grávida. Ele prevê que o juiz pode atenuar ou cancelar a sua pena e isso na prática seria padrão, mas seria melhor deixar a possibilidade explícita na lei.
Essa bobeada, que pode ser corrigida, deu margem para que os abortistas atacassem o PL sob o argumento de que a moça estuprada receberia uma pena maior que a estuprador. Algo que a nosso jornalismo desonesto passou a divulgar como se fosse o cerne do projeto.
Talvez alguém acredite realmente nisso, mas os que manipulam a militância abortista sabem que estão mentindo e continuarão contrários ao PL mesmo que este elimine qualquer referência à punição da grávida, pois o que lhes interessa é o direito de assassinar o bebê até o último instante da gestação.
De onde virá essa sanha selvagem, esse ódio insano que essa turma mal faz questão de disfarçar? Não dá para ter certeza, mas é possível estabelecer paralelos. Você pode apostar, por exemplo, que o defensor do aborto irrestrito também se delicia com o sofrimento imposto aos idosos detidos pelo 8 de janeiro.
Outra possibilidade está na informação que o Bukele passou em recente entrevista ao Tucker Carlson. Segundo o presidente salvadorenho, membros de gangs do seu país procuravam bebês para matar porque esse era um sacrifício exigido pela Besta que eles acreditavam protegê-los.
Aqui é preciso lembrar das crianças pequenas que desaparecem em nosso país e nunca mais são vistas. E dos boatos de que clínicas dedicadas a abortos vendem as "coisas" retiradas das mães para praticantes de magia negra que, naturalmente, dão mais valor aos que estavam mais próximos de nascer.
É provável que o abortista que se julga moderno nunca tenha participado de algo assim. Mas mesmo sem querer toda essa gente compartilha de um sistema de crenças maligno, possui um desvio psicológico comum. Como a gente sempre lembra, não é por acaso que eles normalmente defendem bandido e votam em ladrão.
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