segunda-feira, 17 de junho de 2024

Muita gritaria por nada

Você vê que o cara é desonesto quando ele tenta fugir do tema principal, apegando-se ao que sabe ser secundário e distorcendo a posição adversária. Exemplo 1: Barroso dizendo, em Londres, para uma plateia que não sabe o que acontece no Brasil, que o pessoal queria voto impresso para levar a cédula pra casa.

O exemplo 2 pode ser dele também, pois declarou que você precisaria provar que a urna estava fraudada para ter direito ao voto impresso. Mas como você poderia fazer isso se eles não aceitam nenhum testemunho pessoal como prova e sonegam os votos físicos que poderiam ser contados? É cinismo demais.

Já no exemplo 3 ele está quieto por enquanto, disse que só se manifestará sobre a mudança da lei do aborto "se e quando" o assunto chegar ao STF. Logo o Barroso, que palpita em tudo! Mas ele não está se metendo porque não precisa, já que o barrosismo está na base do raciocínio dos que se manifestam contra a alteração.

Inventaram que a nova redação protege o estuprador e saíram gritando isso por aí, numa insanidade que atingiu o ápice com o Otário Guedes, para quem a mulher estuprada será presa mesmo que não aborte e o estuprador poderá pedir a guarda da criança para estuprá-la também.

Mas a grande mudança é o estabelecimento de um prazo para a realização do aborto. 22 semanas de gestação é mais do que se admite em países europeus que os abortistas citam como exemplo, mas os nossos não admitem nada abaixo do direito de matar a criança até minutos antes do parto.

O resto são as excepcionalidades que talvez devam ser mesmo mais detalhadas, mas estão previstas no atual projeto para que a grávida que abortou após as 22 semanas por motivo de força maior não venha a ser punida.

A menina estuprada e proibida de ir ao médico pelo estuprador doméstico, sempre lembrada pelos abortistas, está na mesma situação de uma mulher sequestrada e mantida em cativeiro durante a gravidez. A anencefalia do feto ou o risco para a mãe tardiamente descobertas também devem estar entre as exceções.

Aquele abraço

Nosso abraço de hoje vai para a Giorgia Meloni, que, mesmo no mundo de fingimentos e falsos sorrisos da política, consegue manter aquele jeitão de italianona do interior que não faz a mínima questão de disfarçar quando gosta ou não gosta de alguma coisa.

Ninguém precisa dizer que ela gosta do Milei, mas não gosta do Macron. E desgosta mais ainda do corrupto cachaceiro, cuja conversa fiada ouviu por alguns instantes com evidente aborrecimento. E que chegou a empurrar quando ele tentou fingir intimidade e abraçá-la.

Não sei se ela chegou a conhecer a figura, mas imagino o que pensaria da tal Janja.


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