Aconteceu de novo. A imprensa "progressista" sustenta uma mentira e acusa quem diz a verdade de radical de direita que espalha "fake news". O tempo passa. Um evento deixa evidente que a imprensa estava mentindo. E ela muda o discurso sem nem mesmo pedir desculpas, como se nada tivesse acontecido.
Foi assim com o máximo de 12% que Bolsonaro teria na eleição passada, conforme as pesquisas dos institutos ligados à citada imprensa e ainda promovidos por ela. Foi assim com o desastre mais do que anunciado da licença para gastar do "arcabouço fiscal". Foi assim em muitas outras ocasiões. E foi agora com o Biden.
Todos viam as panes mentais do sujeito, mas a imprensa insistia que aquelas cenas patéticas não eram o que pareciam. Ou eram, mas não passavam de montagens (fake news) realizadas pela ultradireita - "veja o vídeo completo", dizia a notícia que tentava negar que ele se virou para o paraquedista e ficou falando com ninguém.
Mas aí veio o debate e agora, poucos dias depois, a mesma imprensa discute se o velhote a caminho da demência deve ser substituído ou não. Quanto aos longos anos em que mentiu sobre o seu estado, nem uma palavra. E é essa gente que tem a petulância de querer determinar o que verdade e o que é fake.
Troca ou não troca?
Thomas L. Friedman, editorialista do New York Times, confessou, em coluna publicada pelo Ex-tadão de ontem, que chorou ao assistir ao debate e agora espera que a família de Joe, que considera um amigo pessoal, o convença a tomar a difícil decisão de renunciar à candidatura, sacrificando-se abnegadamente para o bem do país.
Muitos outros dizem isso abertamente, num movimento que é perigoso porque demonstra que nem os apoiadores de Biden confiam em sua capacidade para aguentar mais quatro anos. Se ele não renunciar, isso se voltará contra ele com uma força que pode se mostrar decisiva numa eleição em que o adversário já está na frente.
Ainda haveria o problema de encontrar um bom substituto no último instante. Mas a questão é saber se Biden renuncia ou não, pois, como Friedman deixou subentendido ao apelar pela interferência da família, tudo dependerá de Joe concordar com o plano, de uma decisão de foro íntimo.
Meu palpite é o mesmo de ontem: ele não renuncia. E o principal motivo para isso é a própria família.
Biden pode ir melhor no próximo debate, ser bafejado pela sorte etc. Por pequena que seja, tem chance de vencer. Mesmo que perca, os democratas de carteirinha e os odiadores do Trump serão suficientes para evitar uma lavada. O que ficará para a história é que ele foi presidente e depois perdeu uma eleição, algo normal.
Se renunciar, no entanto, daqui a 100 anos ainda lembrarão que ele desistiu da reeleição na última hora por sofrer de problemas mentais. Seu nome pode virar adjetivo, será no mínimo usado como advertência. E isso é tudo que ele e seus familiares não querem deixar como herança para netos e bisnetos.
Lixe-se a paranoia com o Trump, que eles sabem ser apenas propaganda. Lixe-se até o país, que sempre vai se ajeitar. Deixem o Friedman chorar.
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