terça-feira, 11 de junho de 2024

Despacito

Você pensa que não assiste ao jornal da GloboNews, mas assiste muito mais do que pensa. Não na TV, não de maneira integral e direta, mas naqueles vídeos da internet em que alguém comenta a última barbaridade da gordinha do celular e solta o trecho em que a criatura se manifestou.

É um videozinho atrás do outro, toda hora aparece um por aqui. As reações histriônicas de militantes como a gorda gritona e a Barbarella de subúrbio são um prato cheio para quem quer criticar a mídia subordinada ao lulopetismo e seus parceiros de poder. É só escolher a melhor parte e mandar ver.

A dúvida é se a Globo já não força a barra de propósito ("agora, Valdo, faz a dancinha", diz o diretor no ponto). A audiência da GN é traço, muito menor que a do Jornal Nacional e seus equivalentes. Mas ela reina nas redes, ainda que na modalidade "falem mal, mas falem de mim". Talvez a alta direção valorize isso.

Refugiados

Um dos produtores de conteúdo político que mais se "inspira" na GN, nosso prezado OiLuiz, recentemente informou que a Argentina não entregaria os refugiados políticos brasileiros denunciados pelos alcaguetes do UOL. E nós não encontrávamos confirmação disso em outros lugares, mas agora ela apareceu.

Nossos jornalões estão contando que mais de 60 perseguidos pelo protesto de 8 de janeiro pediram asilo político ao governo argentino e seus casos serão analisados como se deve (e como aqui lhes foi negado), individualmente, com calma, despacito, cabendo a palavra final ao presidente Javier Milei. É só esperar.

Critérios

Não sou nenhum especialista no assunto, mas me interessei um pouco por ele na época em que os petistas mandavam integrantes de comitês da ONU baixarem aqui para tentar descondenar o presidiário de Curitiba. Quais são os critérios para qualificar um julgamento como político ou não?

Um dos mais básicos é o amplo direito de defesa, com individualização de conduta, sustentação oral e exigência de provas irrefutáveis. Ou seja, tudo aquilo que sobrou no caso do meliante barbudo e faltou no dos condenados por "tentativa armada" sem uma única arma à disposição.

Mais importante ainda é o recurso. O condenado teve direito a apelar? O corrupto e lavador de dinheiro passou por três instâncias. Mas com os atuais refugiados foi o contrário, eles são pessoas comuns, sem foro privilegiado, cujo julgamento deveria começar na instância mais baixa e foi levado de imediato para a mais alta.

Imagine

Pelo pouco que foi comentado, não há como negar tecnicamente a condição de perseguidos aos 60 brasileiros. Politicamente isso poderia ser feito, mas acreditamos que o presidente Milei não se acovardará frente a possíveis pressões. Imagine o ódio que a gordota e a outra loira de farmácia vão destilar.


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