Sozinho no Dia dos Namorados, não por desamor, mas por amar demais. Assim ficou Tia Reinalda, único colunista - do UOL, mas é - a defender a genialidade da medida provisória vergonhosamente devolvida aos autores. Segundo Titia, ela é linda e maravilhosa, mas os "reacionários" não querem reconhecer.
Um destes é João Martins, presidente da CNA. Em encontro com parlamentares ligados ao setor, ele disse que tudo está na mão deles, chamou o desgoverno de desgoverno e acrescentou que se recusa a falar com o descondenado eleito pelo STF.
Isso sim é desamor, daqueles que nem com membro mecânico se pode dar jeito. Conhecedora do assunto, Dora Kramer constatou: "Empresário em geral não confronta governos, muito menos com muito mandato ainda pela frente. Quando isso acontece, como agora, é sinal de que a coisa está feia."
Feia nada, pavorosa. Mas a verdade é que o desgoverno não se ajuda, não se dá nem ao trabalho de passar um batom e ajeitar direito os cabelos para ver se fica um pouco mais atraente.
Enquanto Martins falava o leilão de arroz era cancelado. Mas por ter sido entregue a petistas inexperientes que deixaram a corrupção muito à vista, não por ser uma sacanagem com o produtor nacional e os cofres públicos. Horas depois a China comprava soja dos EUA para fugir do nosso recente imposto sobre exportação.
O amor está no ar
Mais especificamente no avião presidencial que, depois de transportar as amorosas cestas básicas para os desabrigados do Sul, volta a ser usado para levar o apaixonado casal à velha Europa. Junto vai aquele que o ex-presidiário considera nosso maior produto de exportação, que é a sua própria opinião sobre o que acontece no mundo.
Oficialmente, o cachaceiro vai defender a ideia de um imposto global sobre os super-ricos e alertar os europeus para o crescimento da extrema direita. Podia fazer isso por telefone com o mesmo resultado (que todos sabem qual é), mas de que serve ter um avião à disposição se você não viajar?
Onde foi convidado para comparecer pessoalmente ele não vai. Os países ocidentais estão se reunindo com a Ucrânia para alinhavar uma proposta e, numa segunda fase, conversar com a Rússia. Farejando a vergonha que iria passar, o malandro se fez de desentendido e disse que não aceita o modelo porque a Rússia não foi chamada.
Frutos do desamor
Falando em cachaça, a tal Mariliz Jorge está furiosa com a lei que pretende proibir o aborto legal após 22 semanas de gestação. Mas todos os países têm prazo, na liberal Suécia são 18 semanas. O que ela quer? Que fique como o ministério da Saúde petista defendeu e o Xandão deixou, com o direito de matar até o bebê prestes a nascer?
De qualquer maneira, estamos falando de relações entre homem e mulher. Nas atuais propagandas de Dia dos Namorados é comum enfiarem um casal homossexual, mas nós continuamos com a tradição. Chega de viadagem, foi o Papa quem voltou a dizer.
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