domingo, 2 de junho de 2024

De volta às cores

Pobre Tia Reinalda, esqueceram de avisá-la a tempo. Fiel às ordens recebidas no passado recente, criou um enrolation para tentar justificar o fato de Xandão ser o juiz do caso em que se dizia vítima e já havia determinado a prisão do suspeito. E aí o Xandão foi lá e se corrigiu pela metade, declarando-se impedido como pede a lei.

A criatura despirocou. No melhor estilo de um de seus admiradores, percebeu que tinham cortado seu cipó e saiu pulando para os mais próximos, num artigo atrás do outro, cada um se apegando um detalhe do anterior para tentar, paulatinamente, se afastar o mais possível do tema original.

O último da série chama-se Moraes 3: O paradigma Corleone do Direito. Ou: Piscando para os golpistas. O último até agora, creio que haverá pelo menos mais um em que Titia demonstrará que todos estão se tornando mafiosos ou golpistas, inclusive Xandão.

Injustiça laranja. Ou: os EUA se dobram ao Brasil

Falsificar despesas comerciais é uma contravenção de acordo com a lei de Nova York, mas ao argumentar que essa violação foi cometida para cometer ou ocultar outra, Bragg conseguiu acusar Trump de crimes. Os promotores argumentaram, e o juiz Juan Merchan concordou, que os jurados nem precisavam concordar exatamente com qual outra lei Trump violou, resultando numa imprecisão que certamente será um dos motivos de recurso.

Bragg, um democrata, foi eleito para seu cargo depois de se gabar de ser o mais qualificado para processar Trump (nos Estados Unidos os procuradores são eleitos pelo voto popular), dando ao ex-presidente mais motivos para dizer que é vítima de perseguição política por parte de aliados de seu oponente, o presidente Joe Biden.

O texto acima faz parte de um artigo publicado em The Economist e deixa evidente o nível "cartão de vacina" da armação. Ah, mas havia doze jurados para convencer. Sim, e todos eram da região que elegeu Bragg, na qual os democratas têm um histórico de vitórias com mais de 80% de votos.

Arco-íris de duas cores?

Pobre arco-íris, surgido após o dilúvio para assinalar a ligação entre o Céu e a Terra acabou se tornando símbolo daquilo que o Papa costuma chamar de viadagem. E agora prometem reduzi-lo a apenas duas cores na Parada Gay que deve começar daqui a pouco, assim que a turma acordar da suruba de ontem.

É o que dizem os entusiasmados rapazes da Folha, reiterando hoje a promessa, repetida insistentemente nos últimos dias, de que a avenida será tomada por uma multidão vestida (se é que se pode usar a palavra neste caso) de verde e amarelo.

Sim, é aquilo. A Madonna usou, o Pablo Vittar usou, e eles acham que conseguiram "resgatar" as cores nacionais. Os fotógrafos do jornal devem estar todos a postos para encontrar novos exemplos hoje. Na cabeça deles, a esquerda terá obtido uma vitória espetacular se usarem de novo.

Mal imaginam que do outro lado ninguém se preocupa com a possível ampliação. Se ela realmente acontecer, tudo bem, daqui para a frente ficará assim: se usar verde e amarelo, ou o cara é bolsonarista ou é viado (como diria o Papa). Tem até um amigo nosso que usava as cores no impeachment da Juju e poderá usá-las de novo.


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