Um ano e quatro meses, um terço do desgoverno já passou e, contrariando as previsões dos que apostavam em sua desmobilização, a parcela decente do país continua resistindo às pressões autoritárias e unida em torno de quem tem condições objetivas de nos recolocar no rumo certo.
Prova disso foi o tapa de luvas da Agrishow. Para o desgoverno não reclamar, o evento foi oficialmente aberto pelo traidor Alckmin numa cerimônia fria, sem público. Ao mesmo tempo, na mesma cidade, o povo festejava Bolsonaro, Tarcísio e Caiado, que no outro dia davam início à exposição em termos práticos.
Furioso com a preferência do setor, o editorialista do Ex-tadão de hoje escreve que "a atuação política do agro é legítima e necessária, mas a partidarização é nociva, tanto mais se atrelada a uma figura deletéria à pauta conservadora e liberal como Bolsonaro".
Seria possível responder que o jornal é que deveria registrar os fatos sem tentar ensinar ninguém a se comportar. Mas o melhor é rir da pretensão desses caras e do desespero que a sua turma demonstra ao verificar que o pessoal permanece disposto a lutar pelo seu país e pela sua liberdade.
Arma poderosa
De Nelipe Feto à jornalista que vive em Nova York há duzentos anos, alguns mantêm sua fé na imprensa inabalada e exigem que ela duplique os ataques a Bolsonaro e a Tarcísio, que veem como seu herdeiro. Mas outros já entenderem que o furo é mais embaixo.
Assim, Elaine Canhotede está apavorada com a dimensão internacional da "extrema direita", que avança em todo o Ocidente sem encontrar resistência através da utilização de "uma arma poderosa, a internet".
Em um trecho emblemático de seu artigo, Elaine escreve: "A extrema direita articula golpes de Estado e atentados contra resultados eleitorais, enquanto inverte a realidade e acusa os adversários de fazerem o que eles próprios fazem: ameaçar a democracia, a liberdade de expressão, a oposição."
Quer dizer, ela é quem inverte a situação e acusa os outros de fazer o que faz. E esquece que não é preciso ficar discutindo sobre isso, pois basta, por exemplo, pedir ao leitor para lembrar quantos projetos de censura Bolsonaro defendeu ou quantas prisões de adversários políticos seu governo realizou.
Mas o pior, para a Canhotede, é que qualquer um pode apresentar esse outro lado e deixar que o cidadão decida quem tem razão através da internet. Essa é a sua força e o motivo pelo qual ela tanto apavora a mídia decadente que vive de mentiras e conchavos.
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