Em maio de 2024, descontente com o bolsonarismo do multibilionário Elon Munchen, o grande líder decidiu que o Brasil deveria montar sua própria rede de satélites para oferecer internet às escolas localizadas em áreas remotas até 2026, ao custo de 3 bilhões de reais.
Alguns tentaram fazê-lo voltar atrás, lembrando que a União Europeia havia estourado todos os prazos e desperdiçado 12 bilhões de euros sem conseguir fazer algo similar. Mas ele respondeu-lhes que não havia como comparar nações que usam voto manual com a que desenvolveu o único software que nem o programador pode fraudar.
E assim o projeto foi em frente. Hoje, em maio de 2026, dois anos e 18 bilhões de reais depois, o sistema ainda não entrou no ar. Mas o ano só termina em dezembro e tudo deve se acertar assim que os 15 mil temporários contratados em regime de urgência encerrarem a greve que pede sua efetivação.
A confiança é tamanha que "Internet grátis para todos" se tornará o principal slogan da campanha de reeleição. E o sucesso da empreitada, dado como certo pelos especialistas consultados pela Rede Globo, inspirou o governo a ousar voos mais altos, "audaciosamente indo aonde ninguém jamais esteve".
Sim, é o mesmo lema de Star Trek, o STF decidiu que a relevância do tema permite utilizá-lo sem pagar direitos autorais. A nova etapa - que ainda não tem nome oficial, mas é carinhosamente chamada de Star Thief por ter ter roubado o protagonismo de Munchen - consiste em colocar o Brasil na vanguarda das viagens espaciais.
O projeto da nave não será problema porque a Boeing felizmente teve aquele contratempo e os engenheiros da Embraer que não foram para o estrangeiro estão aí para isso mesmo. Com tudo em cima, o primeiro destino da aventura que deve eletrizar o país já foi definido: Marte.
Claro que algo dessa magnitude também deverá ser jogado na cara dos bolsonaristas durante a propaganda eleitoral, os marqueteiros só estão em dúvida sobre o melhor slogan a utilizar. "Marte ficou mais vermelho" concorre com "Uma estrela nas estrelas" e "O amor conquistou o planeta da guerra".
Embora digam que a primeira-dama prefere a terceira opção, todas contam com torcidas que as defendem animadamente em sites independentes como Brasil247 e Choquei. Alguns oposicionistas chegaram a reclamar que isso seria campanha antecipada, mas o TSE já os multou por espalharem fake news.
Enquanto isso, a melhor notícia acaba de sair do forno: estão abertas as inscrições para os nossos futuros socialnautas. Se seu sonho era viajar pelo espaço, a chance apareceu. Todos podem se candidatar, porém a representatividade está assegurada porque há cotas para candidatos negros, que recebem Bolsa Família ou se identificam como LGBT.
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