sexta-feira, 24 de maio de 2024

Fica esperto, negão

Escrito pelo belga Drieu Godefridi e lançado em 2019, O Reich Verde chegou ao Brasil e ganhou uma resenha que acabamos conhecendo através da Paula Schmitt. De autoria do biólogo e antropólogo Diogo Oliveira, seu título é Ambientalismo, novo totalitarismo? e você pode lê-la aqui.

No geral, ela reitera o que já sabemos. Vários cientistas e organizações contestam a tal "emergência climática" propagada pelo IPCC da ONU, mas a grande imprensa trata o IPCC como sinônimo de ciência e todos os dias vemos tentativas de transformar suas "verdades" em políticas restritivas à liberdade.

Por trás de tudo, a turma cuja face visível se apresenta no Fórum Econômico Mundial tenta criar um mundo em que só as grandes corporações que conseguirão cumprir as crescentes exigências ESG sobreviverão e, no limite, todo tipo de abuso totalitário poderá ser implantado para "salvar o planeta".

A obra dá especial atenção à ideia de que seria necessário limitar drasticamente o número de emissores de CO², ou seja, de seres humanos. O que se justifica porque, ao lado da promoção de medidas de limitação gradual como o aborto e a eutanásia, há cientistas (do IPCC) que defendem a rápida eliminação de 90% da humanidade.

Independente do percentual, como se faria isso? Pessoas seriam proibidas de ter filhos, idosos seriam deixados para morrer? Os próprios líderes do processo parecem não ter uma ideia clara do caminho a seguir, limitando-se a ir apertando o parafuso onde conseguem e testando as reações às suas medidas.

A covid mostrou que uma praga realmente mortal poderia eliminar grande parte da população e permitir a implantação de algo próximo de uma ditadura mundial, mas creio que eles continuarão apostando na diminuição gradual que já ocorre no Ocidente e até em países que eles aparentemente não controlam bem, como Rússia e China.

O mundo islâmico poderia ser paulatinamente cooptado pela influência do Ocidente, em particular através das mulheres. A muçulmana exposta à cultura europeia ou que foi viver definitivamente em Paris deve ter mais filhos que uma francesa da gema, mas certamente tem menos do que sua prima no Afeganistão.

Restaria o problema da África, que fica evidente quando se observa as projeções sobre o aumento da população mundial. Esta deve ir dos atuais 8,2 bilhões para cerca de 10 bilhões em 2100. Mas enquanto esse número deve baixar de 6,7 para 6 nos demais continentes, ele aumentará de 1,5 para 4 no africano.

Se a maior parte do planeta sobrevive com 6,7 bilhões de emissores do venenoso CO², se dará ainda melhor com nove décimos disso em 2100 e, possivelmente, cada vez menos daí pra frente. O desafio são aqueles 30 milhões de km² (20% do total) onde, se nada for feito, se concentrarão 40% dos seres humanos em 2100.

Pandemia não adianta, pois, mesmo sem vacina (ou por causa disso?) a África quase não foi afetada pela covid. Influência cultural europeia já teve até de sobra por lá. Em alguma solução os donos do mundo terão que pensar, até porque eles têm um arzinho meio racista e não devem querer uma humanidade com jeito de Harlem.

Não sei o que eles pretendem fazer, mas, na dúvida, acho que esses grupos de defesa dos negros que se aliam entusiasticamente aos salvadores do planeta deveriam pensar um pouco melhor.



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